Opinião

Líder e melhor ataque, Palmeiras mostra que sabe ser um time ofensivo e competitivo

Palmeiras
Já são três pontos de vantagem na liderança, com melhor ataque e uma defesa sólida Foto: Cesar Greco/Palmeiras

O Palmeiras venceu o Atlético-GO por 3 a 0 neste domingo (18), em Goiânia, e se manteve na liderança do Campeonato Brasileiro. São três pontos de vantagem sobre o vice-líder, Atlético MG, tendo o melhor ataque do torneio, ao lado do Bragantino. E, mesmo jogando um futebol abaixo do esperado na capital de Goiás, finalizou mais que o adversário (15 vezes), e soube aproveitar as poucas chances que teve. O que prova a ofensividade e a eficiência da equipe.

                 

Após seguidas decepções no começo da temporada, o time comandado pelo português Abel Ferreira foi taxado como um time sem repertório e pouco ofensivo. Agora, porém, a situação mudou. Após doze rodadas de Brasileirão, o Palmeiras já é o segundo time que mais finaliza, em média, além de ter se igualado ao Bragantino como a equipe que mais balançou as redes. E tudo isso sem deixar a consistência defensiva de lado: são doze gols sofridos até agora, apenas 4 a mais que as melhores defesas, Flamengo e Corinthians.

Na frustrante eliminação da Copa do Brasil para o CRB, em 9 de junho, o time finalizou 34 vezes contra o gol defendido por Diogo Silva, que teve atuação histórica no Allianz Parque. Depois daquilo, contando com a regularidade impressionante do, até aqui, melhor jogador do Brasileirão, Gustavo Scarpa, o Verdão cresceu, e passou a finalizar muito mais contra os gols adversários.

Neste momento, a média é superior a 12 chutes por partida, ficando atrás somente do Flamengo no quesito. Além disso, só o Fortaleza do técnico argentino Vojvoda criou mais oportunidades claras de gol do que o Alviverde. Já são 29 no total, em 12 partidas. E o skatista Scarpa é fundamental para isso, sendo o segundo jogador que mais finaliza, em média (Marinho é o primeiro). E não para por aí: ele é, também, o maior garçom do torneio, com 7 assistências. Na atualidade, é o melhor atleta para representar essa ofensividade verde.

Mas, a eficiência, que ainda é a principal marca de Abel, também chama a atenção. Na última quarta-feira (14), em duelo da Libertadores da América contra a Universidad Católica (CHI), o time pouco atacou, mas com um gol de pênalti, venceu. Depois, o time se viu acuado, e sofreu contra os chilenos, com o goleiro Weverton sendo eleito (merecidamente) o melhor em campo. Ou seja, a defesa, representada principalmente pelo zagueiro paraguaio Gustavo Gómez, passa segurança em campo. Mas, quando a bola chega ao gol, ainda tem o melhor goleiro da América do Sul para evitar derrotas (e empates).

O atacante Breno Lopes, herói da conquista da América em 30 de janeiro, no Maracanã, representa muito bem a objetividade e eficiência presente no jogo orquestrado por Abel. Ao lado de Geuvânio, da Chapecoense, é o atleta que menos precisa de minutos para balanças as redes no Brasileirão. Precisamente, 86 minutos, menos do que uma partida inteira. Já são 5 bolas na rede, tornando-se o goleador máximo da equipe na competição.

Os toques rápidos, velocidade e precisão do Palmeiras impressionam, e Breno é quem melhor ilustra isto. O segundo gol no clássico diante do Santos (marcado por ele), no último dia 10, mostra exatamente isso. Assim como os três gols anotados em Goiânia neste domingo. O segundo, marcado por Scarpa, contou com um desarme no campo de defesa para iniciar a transição rápida que culminaria no gol do skatista.

E essa é uma outra boa marca coletiva do Verdão. São, em média, 17 desarmes por partida. Só Inter e Flamengo roubam mais bolas em todo o campeonato do que o Palmeiras. Para isso, Zé Rafael tem sido fundamental, tanto que ele virou titular incontestável no meio-campo, barrando o jovem (e talentoso), Patrick de Paula.

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Até onde este time pode ir, não se sabe, mas que Abel Ferreira terá, após o jogo de volta pela Libertadores, na quarta-feira, apenas 3 partidas em 21 dias, sendo todas elas em São Paulo, é um fato. Aquele tempo para descansar e treinar o elenco que o português tanto pedia, virá. E, justamente por causa do maior fracasso da equipe na atual temporada, com a eliminação precoce da Copa do Brasil.

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Contudo, o mais importante que se tem conhecimento, hoje, é que o Palmeiras, além de ter bons jogadores em todas as posições, tem um time moldado com organização, intensidade, ofensividade, e, como mostra o herói da Libertadores, eficiência. Aquele famoso, e tão pedido, repertório.

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