Indignado com o grave erro da arbitragem que culminou na eliminação de sua equipe, o presidente do Ferroviário-CE, Newton Filho, afirmou que entrará na Justiça Desportiva e, se preciso, na Justiça Comum, buscando a impugnação da partida contra o América-MG.
Vivendo o outro lado da história no atual momento, o Coelho já acionou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na Justiça Comum, mas o resultado foi catastrófico para o América-MG: duas temporadas fora de torneios oficiais.
Os anos 90 começaram brilhantes para o Coelho. Em 92, vice-campeonato mineiro. Em 93, título conquistado após 22 anos diante do rival Atlético-MG. Com um bom time e na Série A, o América-MG vislumbrava um promissor horizonte, o que de fato era possível.
No Brasileirão de 1993, por conta de um regulamento estapafúrdio e que blindava os times do Clube dos Treze, o América-MG, mesmo tendo ficado na 16ª posição entre 32 clubes, foi um dos quatro rebaixados. Dentro de campo, o Decacampeão ficou à frente de equipes de renome como Atlético-MG, Vasco, Botafogo e Fluminense, mas por conta de um regulamento que privilegiava as equipes de maior expressão, acabou sendo jurada ao descenso.
Revoltado com a injusta situação, o presidente americano Magnus Lívio não aceitou o que se colocou e foi pra cima. O América-MG levou a CBF à Justiça Comum, buscando ser ressarcido do ocorrido. Porém, de acordo com os regimentos da FIFA e das demais organizações, um clube que tira a discussão do âmbito desportivo e leva à Comum está sujeito à sansões, e foi o que aconteceu com o Coelho.
No fim, o time de BH ficou sem a Série A e sem sequer competição. A punição imposta ao alviverde foi dura: dois anos (1994-1995) fora dos torneios nacionais. Desta forma, a maneira encontrada pelo clube para sobreviver foi se aventurar mundo à fora com excursões pela Ásia, quando enfrentou equipes como o Guangzhou Evergrande-CHI e até seleções nacionais.
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