POR FERNANDA TEIXEIRA E GABRIEL SIMÕES
Na tarde desta sexta-feira (5), o técnico Vanderlei Luxemburgo convocou uma entrevista coletiva, no CT do Almirante, no Rio de Janeiro, para esclarecer as declarações dadas ao fim do clássico de quinta-feira, além de “se redimir” pelos problemas técnicos enfrentados na transmissão do clube na entrevista pós-jogo.
Luxemburgo iniciou a coletiva com um pronunciamento sobre a fala “que o Flamengo está em outro patamar”, que acabou repercutindo bastante durante a madrugada:
– Ontem, eu falei uma coisa que nas redes sociais acabaram disparando. A grandeza do Vasco é igual a do Flamengo. Essa Cruz de Malta pesa muito. Clube grande, de tradição. Um clube centenário, de grandes conquistas, como o Flamengo. O que eu quis falar é que nesse jogo, a rivalidade por si só, já está no contexto. Você não tem que ter uma motivação maior. O que eu quis dizer é que o patamar que o Flamengo está é outro. Eles estão brigando pelo título e nosso campeonato é mais em baixo. Momentaneamente o Flamengo está em um nível superior, disputando o título com o Internacional, mas isso não denigre a história do Vasco da Gama. São duas coisas diferentes – afirmou o treinador
– Eu queria falar para o torcedor, que essa história grandiosa do Vasco ninguém vai tirar. Você pode entrar num jogo como o de ontem e ganhar. Igualamos no segundo tempo e fomos para o pau. Mas veio o segundo gol, e foi uma ducha de água fria. O Vasco não pode se sentir menor que o Flamengo nunca. São dois clubes de mesma grandeza. O que cabe a mim é manter o Vasco na primeira divisão e buscar esse Vasco que nós conhecemos, que é grandioso, que se sente orgulho de vestir a camisa, que as pessoas querem estar no clube. Esse nós queremos resgatar – completou.
CONFIRA OUTRAS RESPOSTAS DE LUXEMBURGO
Coletiva pós-jogo
– Eu acho que uma entrevista pós-jogo é muito complexa, porque está de sangue quente e muitas coisas podem ser faladas. Acho que no dia seguinte dá para você analisar muitas coisas que pertenceram ao jogo com mais calma. Acho que é uma coisa que solicitaremos à comunicação do Vasco para passarmos a fazer entrevistas no dia seguinte. Pois podermos olhar o videoteipe, rever os lances e falar com propriedade. No dia seguinte não tem embate, tem conversa.
Programação do Vasco
– A programação está feita, nós temos um jogo decisivo contra o Fortaleza. Infelizmente não dá para dar folga. Vamos fazer alguma coisa na manhã de sábado e no domingo. Vamos antecipar a viagem de terça-feira para segunda-feira. Pois teremos mais tempo de recuperação, já que a logística é complicada.
Quem jogará na vaga de Léo Matos?
– O (Cayo) Tenorinho tem entrado muito bem, e eu vou analisar o time do Fortaleza, já estamos analisando, e veremos a melhor equipe para colocar. O Pikachu é lateral, joga na frente também, ontem jogou bem como lateral, está com força e bem preparado. O Juninho entrou muito bem no lado direito e por dentro. Ele se movimentou muito bem. Vamos ver o jeito como nós vamos jogar.
Excesso de cartões amarelos recebidos por Léo Matos
– Se eu pudesse pedir tempo no jogo de futebol, ele não tomava o cartão, mas não é permitido. É um jogador forte, voluntarioso e tem cometido algumas faltas desnecessárias. Gritei naquela hora. Não só ele, o Henrique também. O jogador tá de costas e eles fazem faltas desnecessárias. De costas o jogador nem enxerga o gol. É só jogá-los mais para a dificuldade. Mas é um assunto que tenho conversado bastante com ele, por essa força excessiva dentro do jogo. Ele jogou na Europa durante muito tempo, jogou na Rússia, onde o couro come. Ele está com a Rússia no corpo ainda. Que ele pode chegar no cara, que o juiz não dará a falta. Apesar de o Claus deixar o jogo correr, ele deixa a jogada seguir.
– Acho, ao meu ver, o Claus e Wilton são os melhores juízes, mas acho que estão se equivocando de ver jogo diferente. Jogo de futebol é um só. Falta é falta. Não adianta querer deixar o jogo correr, porque acha. Claus e Wilton são meus amigos. São críticas construtivas. Jogo do árbitro é apitar o jogo que existe, não apitar o jogo que ele acha que existe. “Faltinha ou faltona”, “porrada ou porradão” eles devem coibir. São os melhores árbitros e os outros estão seguindo essa linha de deixar o jogo o seguir. Por exemplos, pequenas faltas sequenciais, trocando jogadores para fazer faltas, são cinco ou seis faltas seguidas. Ele tem que dar o cartão amarelo, ele pode proibir e não deixar seguir. Se ele der o amarelo para o camarada, duvido que ele vá fazer novamente.
Chances para Gabriel Pec
– Imagina se você na sua primeira entrevista gagueja bastante e não lhe dou outras oportunidades para mostrar seu talento. Claro que ele vai ter outras. Não adianta queimar o Talles e agora crucificar o Pec. O Pec, o Talles e o Juninho vão ter oportunidades. A gente não consegue resolver de uma vez só. Pec mostrou que é um jogador talentoso, mas está distante de ser a solução, ainda mais no momento complicado que o clube vive há algum tempo. A gente procura afastar isso e preservar esses meninos, que são patrimônio do clube.
Próximos jogos
– Nós estamos fora da zona. Se terminasse o campeonato hoje, o Vasco não cairia. Estamos dentro do propósito. Toda análise precoce inexiste. Se terminasse hoje, a proposta seria concretizada. Mas temos mais quatro rodadas. Não dá para dizer como vai estar daqui a quatro rodadas. Estamos jogando o nosso campeonato e acho que estamos jogando bem. Na análise de tabela, algumas coisas têm acontecido que favorecem o nosso time. Se você termina hoje, o Vasco se manteria na primeira divisão. Não estamos na zona de rebaixamento, nós temos jogos decisivos, e ninguém diz que o Vasco vai cair. Quero ver alguém falar: “O Vasco vai cair”. Temos que jogar. Acho que há três ou quatro candidatos que sentimos que estão lutando por uma vaga.
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