20 de abril de 2021. A data que marcou uma grande vitória do futebol e dos torcedores sobre a afronta ao esporte que foi a Superliga Europeia. Ao longo desta terça-feira, fomos inundados com notícias de protestos e dos clubes resignando o acordo proposto no último domingo para a criação de uma liga sem mérito, sem competição, sem alma.
Foi uma vitória do futebol. A voz da torcida falou mais alto. A paixão berrou com força nos ouvidos dos cartolas e mandatários dos clubes europeus que propuseram a tal Superliga. Não foi dessa vez que o playground dos riquinhos prosperou. E se depender da massa apaixonada pelo ‘esporte bretão’, crimes contra o futebol jamais irão prosperar.
No entanto, a mancha ficará na história. A gestão esportiva nos moldes financeiros atuais sofreu um baque dos grandes. Os clubes que participaram da proposta voltaram atrás, mas por conta da pressão dos torcedores, dos jogadores e de todos que amam o futebol em sua forma mais pura. Em sua curta vida, de apenas dois dias, a Superliga mostrou a força da voz das pessoas.
Talvez o exemplo mais simbólico foi a saída de Ed Woodward do comando do Manchester United. A resignação do CEO foi motivo de festa em Old Trafford. Woodward já era questionado por sua gestão esportiva e a Superliga foi a gota d’água para a torcida do United. Os protestos tanto nas ruas quanto nas mídias sociais serviram de ‘termômetro’ para os responsáveis pelo absurdo criado no domingo.
Repetindo, o futebol venceu desta vez. E foi de goleada, com direito à baile e olé da torcida. Foi um recado aos engravatados ricaços que, por terem o cifrão, acham que possuem o poder de moldar o esporte à suas vontades. E os eventos desta terça mostraram que estão redondamente enganados. A Superliga foi um verdadeiro fiasco. E o futebol venceu.
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