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A ascensão de Éderson; veja como o volante se tornou fundamental no Corinthians

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Autor do gol que classificou o Corinthians para a final do Campeonato Paulista diante do Mirassol, Éderson é o destaque do time nos últimos jogos. Vindo do Cruzeiro para essa temporada, o volante ganhou a posição com boas atuações e hoje parece ser intocável no elenco.

                 

Em entrevista coletiva após a semifinal, Tiago Nunes disse buscar uma posição que tire os melhores atributos do jogador. Seu chute de longa distância, que rendeu ao Corinthians três gols desde a volta do futebol, são muito importantes para o treinador. “Ele tem o atributo do chute, da chegada no último terço, que acaba trabalhando de intermediária a intermediária. Estamos tentando potencializar numa posição em que ele cresça”, afirmou o treinador alvinegro.

O “novo Paulinho”?

O bom desempenho nos últimos jogos rendeu a Éderson a comparação com um dos ídolos recentes da torcida. A fala de Tiago Nunes, sobre ser um jogador de “intermediária a intermediária” também contribuiu para a lembrança. Nas redes sociais, os torcedores já cravam que o volante corintiano é “o novo Paulinho”.

Com Éderson em campo, o Corinthians passou a manter a bola com mais qualidade e ganhou um jogador a mais no ataque. Mesmo como segundo-volante, sua capacidade de aparecer no bico da área dá outra configuração para a construção alvinegra.

Contra o Oeste, na última rodada de classificação do Paulistão, sua entrada mudou o jogo. Substituído no lugar de Camacho, Éderson jogou o segundo tempo inteiro. Segundo dados do SofaScore, na primeira etapa, o Corinthians teve apenas uma finalização, seis dribles tentados e 84% de aproveitamento nos passes. Com o novo volante, os números aumentaram: cinco finalizações, 26 dribles e 88% de sucesso nos passes. E, claro, gol de Éderson.

Já diante do Red Bull Bragantino, seu gol relâmpago, no primeiro minuto, mudou a partida logo de cara. E mesmo com a pressão do resultado jogada para o outro lado, o Corinthians ainda foi agressivo. Parte disso vindo de Éderson. Só no primeiro tempo foram oito finalizações – cinco de fora da área. O ex-Cruzeiro terminou a partida com três finalizações, e foi, ao lado de Luan, quem mais chutou ao gol no time.

E na semifinal contra o Mirassol foi fundamental não só pelo gol. Ajudava a avançar pela esquerda, liberava espaço para Mateus Vital criar com Luan e foi praticamente perfeito rodando a bola. Acertou 73 passes ao longo do jogo, com 97% de aproveitamento, além de ser preciso em cinco das seis bolas longas que tentou.

Um novo Corinthians com Éderson

Tiago Nunes frisa em suas entrevistas que a ideia de trabalho do Corinthians sempre foi a mesma. E os princípios estão ali: posse de bola, ir ao ataque agrupado e tentativa de movimentação com amplitude. Na prática, alguns desses conceitos não têm sido aplicados com tanto sucesso.

A chegada de Éderson no time titular, por sua vez, potencializa o estilo do treinador. Ao mesmo tempo, dá novas possibilidades ao ataque pela sua principal arma: o chute de longa distância. Sem Éderson no time, durante o Paulistão, o Corinthians finalizou 138 vezes. Destas, 53 foram de longa distância (38%). Nos jogos em que o volante participou, a média aumenta: 55 chutes e 27 de fora da área (49%). Se contar apenas os jogos em que foi titular, contra Bragantino e Mirassol, temos 18 arremates de longe em 28 finalizações (64%).

Com Éderson no time, o Corinthians arrisca muito mais de longa distância. E, como visto, isso tem dado resultado. Não só pelos seus gols, mas pela confiança que dá aos seus companheiros para tentarem cada vez mais. Isso também tende a aumentar o número de escanteios, seja por defesa do goleiro ou um bloqueio do zagueiro nas finalizações. E os cruzamentos também têm sido grandes aliados do Timão no ataque.

Dedo do treinador

E mais do que os chutes, Éderson ajuda em outros atributos, principalmente ofensivos. Por mais que ainda não tenha o desempenho na defesa como Gabriel, o novo titular tem ótimos números nos passes. Em média, acerta 90% das suas tentativas ao longo do jogo. E como um volante que progride ao ataque, suas ações são mais no campo adversário do que no lado corintiano. Dos seus 26.4 passes certos, em média, por partida, 17.2 são no ataque. Suas bolas longas e lançamentos também têm alto nível de conclusão: 92% e 91%, respectivamente.

Éderson chegou ao time titular e mudou o Corinthians. Diretamente, com gols, e indiretamente, com o funcionamento do ataque, a aposta de Tiago Nunes deu certo e balanceou a equipe. Agora, o Timão está mais encaixado do que nunca na temporada e busca o tetracampeonato Paulista diante do Palmeiras.

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