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‘A gente deu tudo o que tinha’, diz Dado Cavalcanti após eliminação do Bahia na Copa do Brasil

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia até venceu, mas não foi o suficiente para avançar às quartas de final da Copa do Brasil. Rossi e Juninho Capixaba marcaram para o Tricolor, quebrando o jejum de cinco jogos sem vencer e sem balançar as redes. Vargas marcou o gol decisivo para o Atlético-MG. Bahia 2 x 1 Atlético-MG.

Dado Cavalcanti, que atingiu a marca de 50 jogos pelo Bahia, falou sobre os números da partida, suas escolhas, desempenho de alguns atletas e da necessidade de reforços, em entrevista coletiva pós jogo.

‘Não gosto muito de trazer números para coletiva. Mas passando feedback para todo mundo, o nosso primeiro tempo, em dados de GPs, de todo o tempo que estou aqui, foi o primeiro tempo que a gente teve o maior volume no coletivo, maior sprints, intensidade. A gente deu tudo o que tinha. Fomos para o intervalo, respiramos, voltamos para o segundo tempo e os caras com três trocas. Eles têm um poder de oxigenação maior que a gente. A gente não pode esquecer o componente adversário. Não estamos sozinhos. Não falo nem do contexto tático, mas não acho que a gente perdeu tanto rendimento assim. A gente tomou um gol, umas duas finalizações de fora. O gol aconteceu em um momento ruim nosso, depois voltamos para a pressão. Mas tem o componente humano que pesa muito. A gente sambe que tem alguns problemas e aconteceu isso. As trocas do Atlético-MG deram um gás a mais para o time deles, mas isso não quer dizer que recuamos.’

Cavalcanti ressaltou a sequência negativa que seu time passou e afirmou que esse triunfo é um retorno, e se apegando ao bom desempenho apresentado pode voltar a somar pontos no Campeonato Brasileiro.

‘É um retorno. Sequência extremamente ruim, dolorosa, nunca vista antes, nem na história do clube nem em minha condição como treinador. A gente elimina algumas dúvidas, mas traz um alento de que pode ser diferente, podemos voltar a vencer no Brasileiro. É a isso que a gente vai se apegar.’

O recém contratado Lucas Mugni estreou nesta quarta-feira e o Bahia aguarda a liberação de outro reforço, Rodallega. Dado não deixou de elogiar seus jogadores, mas comandante afirmou que precisa reforçar seu grupo.

‘A gente tem tido dificuldades durante todo o ano. A gente sabe o quanto nossos jogadores são guerreiros, são valentes. A gente procura estar sempre motivando e tirando algo de dentro deles. Hoje foi uma resposta muito grande do nosso elenco. Foi com nosso elenco que a gente colocou o Atlético-MG nas cordas e colocamos a classificação deles em risco. Lógico que lamento, que fico triste por não ter passado de fase, mas sei que a gente tem dificuldade no mercado, problemas para reforçar ainda mais nosso elenco. Vamos buscar fazer o melhor com o grupo que temos, que está dando conta, algumas respostas.’

Minutos antes de começar a partida contra o Galo, o lateral-esquerdo Matheus Bahia sentiu desconforto gástrico e abriu espaço para entrada de Juninho Capixaba, que marcou o segundo gol do Esquadrão e, segundo Dado, foi importante no jogo.

‘Ele não foi importante só pelo gol. Fez um excelente jogo, com poucos erros. Fez um grande jogo, contribuiu com o gol. Ele já vinha treinando muito bem, trazendo essa confiança. Hoje ele fez um grande jogo.’

Algo que vem ganhando destaque é a queda de rendimento de dois dos principais jogadores do Bahia, Gilberto e Rodriguinho. Cavalcanti ressalta que essa queda é por causa da sequência de jogos que o clube vem enfrentado.

‘Sequência de jogos. São dois jogadores experientes, estão dando tudo, dando 100%. Gilberto, se não me engano, fez o quarto jogo jogando 90 minutos. Rodriguinho vem sendo substituído, hoje foi muito bem. A sequência de jogos é muito difícil, mais ainda para o Gilberto. Acaba comprometendo.’

Sobre a marca de 50 jogos comandando o Tricolor de Aço, completada neste duelo contra o Atlético-MG, Dado finalizou dizendo que não refletiu, mas que não quer ser “saudosista” e sim pensar sobre o futuro, ressaltando que quer mais títulos e conquistas vestindo a camisa azul, vermelha e branca.

‘Não parei para refletir sobre tudo o que passou até aqui. Não quero ter esse pensamento tão saudosista de relembrar tudo o que passou. Quero pensar no futuro, pensar nos próximos 50 jogos com títulos, conquistas. Vejo que tudo o que passou, em vários momentos de dificuldade, a gente conseguiu dar a volta por cima. Espero dar a volta por cima no Brasileiro, voltar a vencer, voltar a pontuar.’

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