Futebol americano

Aaron Rodgers quebra o silêncio e fala sobre a crise com o front office dos Packers

Aaron Rodgers Packers
Foto: Robin Alam/Icon Sportswire via Imago Images

Aaron Rodgers rompeu o silêncio na noite desta segunda-feira (24), em entrevista ao programa Sportscenter, da ESPN. Dentre os principais assuntos abordados, o quarterback do Green Bay Packers falou sobre os motivos que levaram à crise com o front office da franquia. A aparição do jogador foi um “presente de despedida” dado ao âncora do noticiário esportivo, Kenny Mayne, que está de saída do canal após 27 anos.

Logo no início, Rodgers fez questão de esclarecer que não tem qualquer problema pessoal com o QB Jordan Love, escolhido pelo Green Bay na primeira rodada do Draft do ano passado. Segundo o camisa 12, a filosofia de trabalho adotada pelo front office foi a responsável por todos os problemas gerados até o momento.

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— Quanto à minha situação: isso nunca teve relação com a escolha do Draft, a seleção de Jordan. Eu adoro Jordan. Ele é um ótimo garoto e nos divertimos muito trabalhando juntos. Adoro os técnicos, os companheiros de time e amo a torcida de Green Bay. Mas isso tem relação com uma filosofia, que talvez tenha esquecido que são pessoas que fazem as coisas funcionarem – afirmou Aaron Rodgers.

De acordo com o QB, a definição de sua saída da equipe aconteceu após a equipe ter selecionado Love no Draft. No entanto, suas atuações de destaque na última temporada – quando foi eleito MVP – acabaram frustrando os planos de parte da diretoria dos Packers. Em 2020, Aaron Rodgers levou a equipe ao seu melhor resultado na temporada regular – 13 vitórias e 3 derrotas –, além de garantir uma vaga na final da NFC pelo segundo ano consecutivo.

Rodgers falou, mais uma vez, sobre a nova filosofia de trabalho da equipe. Na sua visão, alguns valores importantes que construíram a história dos Packers estão sendo deixados de lado e toda essa situação tem incomodado bastante o jogador.

— Eu acho que as pessoas às vezes esquecem o que realmente constrói uma organização. A história é importante, o legado de todos os que vieram antes. Mas as pessoas são o mais importante. Eu fui muito sortudo por jogar com muitas pessoas incríveis, e, também, trabalhei com pessoas incríveis. Foram essas pessoas que construíram a base dessa entidade. Às vezes acho que nos esquecemos disso – completou.

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Em outro trecho da entrevista, Rodgers confirmou sua ausência na primeira sessão de treinos da pré-temporada. Mesmo sendo de participação voluntária, o QB vai deixar de receber um bônus de treino de US$500 mil. Em junho, Green Bay já tem programado um minicamp por 3 dias e, caso Aaron não compareça, poderá ser penalizado em até US$ 93 mil. No período do training camp, o valor da multa aumenta para US$50 mil por dia perdido, além de perder o salário semanal para cada jogo da pré-temporada.

O futuro de Aaron Rodgers segue indefinido. De acordo com Adam Schefter, da ESPN, o veterano de 37 anos pediu para ser trocado e montou uma lista com San Francisco 49ers, o Las Vegas Raiders e Denver Broncos entre os locais favoritos para se mudar. Para continuar nos Packers a solução seria a demissão do general manager Brian Gutekunst – nesse momento, algo bastante improvável – ou, ainda, o caminho da aposentadoria, que não é descartada pelo jogador.

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