A reestreia de Abel Braga pelo Internacional foi com o pé esquerdo. A nova trajetória do comandante se iniciou com derrota para o América-MG. No Beira-Rio, o colorado viu Rodolfo abrir o marcador, ainda no primeiro tempo, e não conseguiu reverter. Com isso, o time é obrigado a vencer no jogo da volta, se quiser se classificar para as semifinais da Copa do Brasil. E é nestes quesitos (gol sofrido e falta de efetividade), que Abel mais cobrou o time na entrevista coletiva pós-jogo.
No lance do gol do América-MG, o time mineiro cobra uma falta com dois jogadores, saindo curto pelo chão. Ao ver aquilo, apenas um atleta do Internacional se deslocou de posição para fazer a marcação. Com isso, o adversário teve superioridade numérica e conseguiu cruzar para Rodolfo inaugurar o marcador. E é exatamente esse lance que tirou Abel Braga do sério na coletiva.
– Não pode ter um escanteio curto e ir só um marcador na bola. É uma desatenção muito grande. Sinceramente, ontem nós fizemos o trabalho de bola área defensiva. O aproveitamento foi de 95% para a zaga. No treino foi muito bem. Não pode deixar acontecer uma situação daquela, para não ter superioridade, do adversário, em jogada curta pela lateral – reclamou o treinador.
Abel analisa a falta de criação
Na derrota para o América-MG, o Inter teve muitas dificuldades para criar as jogadas. Mesmo com uma posse de bola superior a 70%, o colorado nada conseguia fazer para adentrar na área do coelho. Na visão de Abel Braga, isso passou muito por dois fatores. O primeiro foi a falta de iniciativa em jogadas individuais, e o segundo foi a saída de bola lenta da defesa.
– Nós tivemos poucas faltas a favor, o que mostra que tivemos poucas ações no um contra um. Tem horas que tem que ser assim, quando eles estão com as linhas curtas. Teve pouca iniciativa de tentar jogadas individuais. Meu jogador tem que tentar o um contra um. Tem que ter recursos para escapar da marcação, e isso é característica de cada um, mas quero que eles arrisquem – disse Abel.
Com muitos toques para trás, principalmente, entre os zagueiros, o Inter “telegrafou os passes, facilitando a marcação”, avaliou Abel. Segundo o treinador, a única forma de mudar isso é passando confiança aos atletas, e para isso será necessário tempo, na visão dele. “O zagueiro tem que meter direto no lateral, que está no lado inverso”, resumiu Abel Braga sobre a ideia que tem de uma saída de bola mais vertical.
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