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Abel Ferreira fala sobre críticas da torcida: “Se só somos um quando ganhamos, então vamos ter que repensar nosso lema”

FOTO: DIVULGAÇÃO/PALMEIRAS/CESAR GRECO

Após o empate por 0 a 0 contra o Botafogo-SP neste domingo (18), em Ribeirão Preto, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, deu entrevista coletiva ao canal TV Palmeiras. Ainda no estádio Santa Cruz, o treinador português comentou sobre as críticas da torcida no meio da semana, afirmou não estar de férias no Brasil e fez elogios aos jogadores das categorias de base. Confira alguns trechos:

                 

RESPOSTA ÀS PICHAÇÕES

Após a derrota para o São Paulo na sexta-feira (16) por 1 a 0, os muros do Palmeiras foram pichados, ainda de madrugada, com “recados” aos jogadores, ao técnico e à diretoria do clube. Uma das pichações dizia “Acorda, Abel”. Campeão da Libertadores e da Copa do Brasil pelo clube, o treinador português respondeu às críticas:

— Quando eu for o problema do clube, eu deixo de ser o problema. Quando o treinador for o problema do clube, nós resolvemos esses problemas — disse o técnico.

— Eu só quero que esses sócios que escrevem o que quiserem, que se lembre do trajeto que esses jogadores fizeram, que esse treinador fez e que essa equipe fez. Nós temos que pensar todos muito bem, o presidente, os jogadores e o treinador, temos que pensar que só somos um. Se só somos um quando ganhamos, então vamos ter que repensar nosso lema. Ou somos todos um quando ganhamos, ou então não estou aqui a fazer nada. Se pensarmos assim, não estou aqui a fazer nada — completou Abel Ferreira.

Apesar disso, o português preferiu dar atenção apoio que recebeu do elenco e das pessoas do clube:

— Eu prefiro valorizar todo apoio que tivemos hoje, obrigado equipe e professores. Como eu disse antes, as pessoas têm pouca memória. Mas eu gosto de futebol, é disso que eu vivo. Infelizmente, as pessoas valorizam a parte negativa. Podem pintar o que quiserem, xingar o que quiserem. A gente vai lá, pinta e põe a cor verde — disse.

NÃO ESTÁ DE FÉRIAS NO BRASIL

Dos onze jogadores que entraram em campo hoje, oito foram garotos da base, muitos deles sem experiência no profissional. O treinador falou sobre as suposições que usaria o campeonato estadual como “laboratório” para os pratas da casa:

— O clube pensa em títulos, o presidente pensa em títulos, os adeptos (torcedores) pensam em títulos, mas ninguém pensa mais do que eu. Eu não vou abrir mão de nada, até porque eu sou mão de vaca. Portanto, falem o que quiserem, eu não atravessei o Atlântico para passar férias. Se eu sentir que estou passando férias, atravesso o Atlântico para o outro lado. Sei muito bem aquilo que quero e o que estou aqui a fazer. Não há ninguém que queira ganhar mais do que eu — falou o português.

Além disso, Abel Ferreira fez elogios aos “miúdos” que estão ganhando espaço:

— Estamos trabalhando com 13, 15 jogadores da formação na equipe profissional. É por aí que nós vamos continuar, quer gostem ou não, essa é a identidade do clube. Os miúdos têm se comportado bem. Temos dado oportunidades a todos, ao Patrick, ao Danilo, que têm jogado no meio de campo e não foram contratados. São jogadores que, em termos salariais, recebem pouco e produzem muito. É isso que nós queremos — comentou o técnico.

NÃO RESPONDE QUESTÕES POLÍTICAS DO CLUBE

Para finalizar, quando perguntado sobre questões de calendário e outras competições, Abel disse que não vai mais se pronunciar questões políticas, e que o clube deveria ter alguém para se pronunciar sobre:

— Sou sempre eu que dou a cara sobre o assunto. Não sou eu que decido, que organizo. Eu sou treinador, sou aqui responsável por dar os treinos e não vou me pronunciar mais sobre questões políticas. O clube tem que ter alguém que dê a cara, porque eu não vou falar — falou o português.

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