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Ao ENM, presidente do Talleres, adversário do Flamengo, fala sobre campanha contra o racismo no futebol: ‘Repudiamos totalmente’

Divulgação / Talleres

O Flamengo enfrentará o Talleres, na próxima quarta-feira (3), às 19h, pela Copa Libertadores. Nesta terça, as redes sociais do clube argentino publicaram uma mensagem incentivando o respeito e se posicionando contra a discriminação: “Sejamos o exemplo para todo o mundo do futebol. Você vem para o estádio? Recebamos com respeito, sem canções com expressões discriminatórias, os torcedores visitantes que vão ocupar a Tribuna Sul”.

Em entrevista exclusiva ao Esporte News Mundo, o presidente do Talleres, Andrés Fassi, falou sobre os casos recentes de racismo no futebol sul-americano e afirmou que o respeito precisa existir:

– Precisamos fazer com que os irmãos de profissão se sintam mal com esses casos e entendam que o futebol é universal, nos une e é jogado por absolutamente todas as classes sociais e pessoas de todos os tipos de situações. Definitivamente temos que respeitar uns aos outros. Não apenas em situações de racismo, mas entender que o futebol é uma estrutura que pode nos dar coragem para nos unirmos institucionalmente. Devemos nos unir através de uma competição tão bonita quanto a Copa Libertadores, com países tão extraordinários como Brasil e Argentina, que trouxeram e continuarão trazendo grandes talentos para o mundo. Isso é um fator unificador – afirmou Fassi ao ENM.

Vale lembrar que a Libertadores tem sido manchada com registros de racismo contra torcidas brasileiras. Nas últimas semanas, ao menos cinco casos tiveram repercussão: além do torcedor do River Plate que atirou uma casca de banana contra a torcida do Fortaleza, gestos racistas contra os torcedores brasileiros foram registrados nos jogos Corinthians 2×0 Boca Juniors, Emelec 1×3 Palmeiras, Estudiantes 2×0 Bragantino e Universidad Católica 2×3 Flamengo.

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Fassi também falou da responsabilidade que dirigentes têm em coibir situações de racismo:

– Todos nós, que estamos no futebol – principalmente aqueles que têm alto nível de responsabilidade, como nós, dirigentes – precisamos aprender que o racismo, a agressividade, agressividade verbal, são coisas que devem ser completamente erradicadas do futebol – disse o mandatário.

Quando perguntado sobre quais seriam as punições adequadas para torcedores que cometam atos racistas, Fassi enfatizou o código do torcedor do Talleres e que situações como essa recebe, sanções firmes do clube:

– Nós temos um código de torcedor, que tem a ver com o comportamento que o torcedor deve ter dentro de um estádio de futebol. Nós somos extremamente firmes nas sanções quando um torcedor ou sócio está no nosso estádio e não cumpre as condições que ele tem que cumprir. Queremos ser um exemplo como instituição. Com certeza queremos que nossa torcida receba aquele que vier da melhor forma. Rejeitamos totalmente quando existem situações de agressões contra o adversário, ou torcedores rivais. É por isso que o Talleres se sente grato pela forma como as pessoas nos receberam no Maracanã, no Rio de Janeiro. O torcedor do Talleres foi muito bem recebido pelos brasileiros.

Por fim, Andres Fassi pregou a união no futebol: “Temos que saber que o futebol vai muito além de ganhar, empatar ou perder. O futebol está aí para ter um valor de fraternidade, um valor pelo esporte, pelo futebol e poder ajudar uns aos outros a crescer como pessoas e instituições”.

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