A ligação entre o meia Cristian Cueva e o Santos ainda não parece se aproximar do fim. Contratado pelo Peixe, por empréstimo, em fevereiro do ano passado, o peruano forçou uma rescisão contratual com o clube na FIFA, no início deste ano. Desde então, ele passou a atuar pelo Pachuca, do México.
No entanto, por conta da pandemia de Covid-19, o Pachuca não renovou contrato com seus atletas de salários mais altos, e Cueva entrou na lista de dispensa, já que seu vínculo acabaria neste mês.
Agora, em busca de um novo clube, o peruano tem sua situação monitorada pelo Santos. Isso porque o Peixe pediu indenização na FIFA para conseguir pagar o valor de compra do atleta (7 milhões de dólares, cerca de R$ 34 milhões na cotação atual, divididos em quatro parcelas) ao Krasnodar, da Rússia – clube que o meia defendia antes de jogar pelo Santos.
Mas e agora que Cueva não pertence mais ao Pachuca, quem paga a indenização? E se o jogador achar um novo clube? Para sanar essas dúvidas, o Esporte News Mundo entrou em contato com o advogado Rafael Cobra, especialista em direito esportivo.
De acordo com Cobra, a indenização que deve ser paga ao Santos ainda é responsabilidade de Cueva e do Pachuca.
“O fato do Pachuca não contar mais com o Cueva, no meu entendimento, não interfere no pedido de indenização do Santos. O que o Santos questiona foi a conduta do Pachuca, por aliciar e induzir o atleta a buscar a rescisão do contrato”, explicou o advogado.
Vale lembrar que, quando a primeira parcela de compra de Cueva venceu, em março, o Santos entrou em um acordo com o Krasnodar para não precisar pagar a dívida. Assim, os clubes se juntaram para mover uma ação contra o atleta e o Pachuca.
Rafael Cobra também explicou que o futuro clube de Cueva não terá relação com o imbróglio envolvendo Cueva, Santos e Pachuca.
“O Cueva ir atrás de outro clube não faz com que o Santos tenha que procurar esse clube também. O único clube que pode ser condenado solidariamente ao Cueva a pagar uma indenização ao Santos é o Pachuca, porque foi o clube que o atleta se registrou imediatamente após a rescisão”, completou.
Antes de atuar pelo Pachuca, Cueva chegou a ser sondado pelo Alianza Lima, do Peru, que sonha há tempos em repatriar o atleta. Outra equipe que também é um possível destino do peruano é o Boca Juniors, da Argentina.
