São Paulo

Afinal, o que mudou no São Paulo pós-paralisação?

Logo que Fernando Diniz assumiu o São Paulo, em setembro de 2019, sua partida de estreia foi contra a então sensação do Campeonato Brasileiro, Flamengo. O rubro-negro que na época, era comandado por Jorge Jesus, era uma máquina imparável, e o Tricolor evitou a derrota, empatando em 0 a 0. De lá para cá, foram 34 jogos contando Campeonato Brasileiro 2019 e 2020, Copa Libertadores da América 2020 e Paulistão 2020. Até o momento, são 16 vitórias, 7 empates e 11 derrotas.

Até o início de 2020, a equipe vinha apresentando resultados. Terminou o Brasileirão em sexto lugar e garantiu a vaga para a Copa Libertadores. Em 2020, o São Paulo parecia ter engrenado. Nas primeiras partidas do Campeonato Paulista venceu 5 vezes, empatou 3 e saiu derrotado apenas duas vezes. Outra ponto que devemos levar em consideração, foi que a equipe comandada por Diniz não foi derrotada por nenhum de seus rivais, empatou com Palmeiras e Corinthians e venceu o Santos. Entretanto, na Copa Libertadores o time estreou perdendo para o novato Binacional (PER), mas venceu o LDU (EQU) na segunda rodada, com direito à uma excelente partida. A torcida nomeou o momento vivido pelo clube como “Dinizmo”, em homenagem ao técnico Fernando Diniz. Entretanto, com a paralisação do futebol por conta do Covid-19, o clube ficou 4 meses sem ir a campo, e no retorno, não manteve o ritmo.

Desde que retornou, foram 5 jogos e três derrotas, incluindo a eliminação vexatória para o Mirassol nas quartas do Paulistão. As outras duas partidas terminaram em vitória para o Tricolor, entretanto o futebol apresentado não convenceu.

O que mudou?

Uma das principais mudanças notáveis na equipe, foi a opção de Diniz, pelos garotos da base. Antes da paralisação, o treinador vinha utilizando a seguinte formação: Volpi; Juanfran, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Tchê Tchê, Daniel Alves e Igor Gomes; Vitor Bueno, Antony e Pato. O esquema tático mudava de acordo com a partida disputada, entretanto os nomes eram praticamente os mesmos. Se analisarmos as substituições feitas por Diniz, ele optava na maioria das vezes, por colocar jogadores mais experientes que estavam no banco, algo que mudou após a paralisação. Desde o retorno do futebol, jogadores como Alexandre Pato e Hernanes passaram a ficar no banco, e deram espaço as crias da base, como Paulinho Bóia, Helinho e até Gonzalo Carneiro, que estava há um ano sem entrar em campo por suspensão.

Após a derrota para o Vasco, na terceira rodada do Brasileirão, Diniz foi questionado na coletiva, a respeito dessa mudança de escalação. O técnico ainda foi perguntado se o São Paulo precisava de uma nova escalação tática ou uma nova escalação. Fernando Diniz respondeu “Não é questão de ser jovem ou experiente, eu coloco sempre os melhores para jogar, que eu to achando no momento. Vou fazer o melhor para o São Paulo. Acho que a gente variação tática, quando joga com o Bóia por exemplo, que é um jogador mais de drible, mais agudo, quando coloca mais o Helinho, que é jogador de velocidade, o Carneiro com o Pablo.” O técnico ainda prosseguiu, apontando evolução no Tricolor, desde a partida de reestreia contra o Red Bull Bragantino até a derrota para o Gigante da Colina. E realmente, a partida contra o Guarani, válida pelo Paulistão, contou apenas com os jogadores reservas, em sua maioria, meninos da base. O São Paulo venceu por 3 a 1 e fez uma boa partida.

Outras mudanças

Além dessas mudanças de escalações, o São Paulo também perdeu um dos principais nomes da equipe, Antony. O atacante foi vendido pelo Ajax antes da paralisação, entretanto deixou o clube durante os 4 meses longe dos gramados. A vaga deixada pelo jogador, foi ocupada por Pablo, que já marcou seis gols nessa temporada e é o artilheiro da equipe. Entretanto, é notável a falta que Antony faz, principalmente em jogadas que exigem velocidade. Pablo ainda que tenha feito bem a função, possui características diferentes. O jogador que mais se assemelha ao estilo de jogo de Antony é Helinho, e o jogador tem ganho espaço com Diniz.

Outro problema enfrentado pelo clube, é o baixo rendimento de alguns atletas, Igor Gomes e Juanfran são alguns exemplos. Os jogadores retornaram da paralisação com um futebol irreconhecível e bastante apagados, gerando críticas da torcida. Muitos pedem Igor Vinicius no lugar do espanhol, ex-atlético de Madrid. Um dos argumentos é a falta de velocidade do jogador. Segundo o site Sofá Score, o lateral apresentava média 6.8 antes da paralisação. Após retorno, as notas caíram e Juanfran que recebia notas entre 6.9 e 6.8 por partida, passou a receber 6.4. No jogo contra o Vasco, o camisa 20 recebeu nota 6.2. Já Igor Gomes, cria de Cotia, tem passado despercebido nos jogos, sem criar e sem grandes jogadas, o meia que chegou a ser comparado com Kaká tem deixado a desejar. Segundo o site Sofá Score, o meia também teve queda de rendimento. As notas que antes variavam entre 6.9 e 7.2, agora pós paralisação, estão em 6.3.

Não se pode afirmar que a mudança de postura e dos jogos do São Paulo é por questão da opção por jogadores mais novos aos mais experientes, ou se é por conta do mau futebol apresentado por alguns atletas. A questão é que houveram mudanças notáveis e desde então o clube não tem correspondido com resultados. Após a derrota para o Vasco, Fernando Diniz elogiou o volume de jogo apresentado pelo time, mas lamentou a falta de resultados. Entretanto, todos nós sabemos, que volume de jogo não vence campeonato.

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