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Análise: apagão no segundo tempo tirou vitória do Fluminense contra o São Paulo

Marcos Paulo segue devendo pelo Flu. Foto: Mailson Santana/Fluminense

Jogar contra o time de Fernando Diniz é sempre um desafio complicado. O Fluminense de Odair Hellmann visitou o São Paulo neste domingo e acabou voltando com uma derrota na bagagem, além de lamentação pela etapa final tão fraca do time. Ela fica mais evidenciada ao se analisar o primeiro tempo, onde houve momentos de boa apresentação.

                 

A derrota por 3×1 mostrou dois tempos distintos do Flu. Na primeira metade do jogo, o visitante foi melhor, com mais finalizações (5-4 em chutes e 4-0 em chutes na direção do gol) e menos posse de bola (57 – 43). O placar ao intervalo se mostrava favorável ao Fluminense graças a um belo gol de fora da área de Wellington Silva, que aproveitou vacilo da zaga adversária. No momento era tudo o que o Tricolor carioca queria, até porque o time alcançava nada menos que a vice-liderança com a vitória parcial. Era um primeiro tempo animador no Morumbi.

O que Odair não contava era que as mudanças de Fernando Diniz para o segundo tempo seriam tão eficientes. Mexeu três vezes de uma vez e começou a ter um controle claro do jogo. Não à toa com oito minutos de etapa complementar o São Paulo já estava à frente do placar. Primeiro, com Brenner, um dos que entrou, em jogada ensaiada de escanteio. Depois, o mesmo Brenner arrancou com liberdade e tranquilidade, fez o que quis e chutou na trave. No rebote, Luciano deu sequência ao seu ótimo início no São Paulo para castigar seu ex-clube com o gol da virada. 45 minutos de boa movimentação acabou indo “para o ralo” com oito minutos.

Naturalmente o Fluminense aumentou bastante sua posse de bola e troca de passes (terminou liderando a partida nesses quesitos) em busca do gol. Porém, se no primeiro tempo as chances vieram e Volpi foi obrigado a trabalhar, a segunda metade do jogo não se mostrou de maneira igual. Apesar da superioridade de posse, as chances não eram criadas por Nenê e sua trupe. Fernando Pacheco, Luiz Henrique e Ganso entraram para tentar mudar o curso final da bola, porém foram infelizes na tentativa. O terceiro gol do São Paulo foi digno de fim de pelada, onde os jogadores aparentemente já aceitaram a derrota por não ter mais tempo e dão mais espaço que o devido.

Agora o time das Laranjeiras terá o clássico contra o Flamengo pela frente. Com o rival em alta, o Flu precisa pensar em uma maneira de surpreender, como quase fez na final do Carioca. O primeiro tempo contra o São Paulo pode ser um modelo a se seguir. Já o segundo tempo: melhor esquecer.

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