Diego Aguirre é um dos nomes mais bem cotados para assumir o comando do futebol colorado. Com passagem pelo clube em 2015, além de passagens por Atlético Mineiro e São Paulo, o uruguaio teve seu trabalho mais recente no Al Rayyan, do Qatar. Por lá, foram 37 partidas, com 21 vitórias, 10 empates e 6 derrotas.
A proposta de jogo do treinador busca uma defesa sólida, com jogo bastante vertical quando a equipe tem a posse de bola. Boa compactação e tirar espaços dos adversários a partir do posicionamento do bloco defensivo também são conceitos bem aplicados por Aguirre. Nesse aspecto, se diferencia de M.A.R. que buscava a pressão pós perda.
Ao contrário da proposta de jogo posicional de Ramírez, que gerava bastante posse à equipe, Aguirre foca em ser objetivo quando a tem. As triangulações pelos lados são intensas e rápidas, contando com o apoio dos meias, que se deslocam para apoiar os laterais com frequência. Esse jogo apoiado e objetivo traz grande facilidade aos times do treinador em ultrapassar as linhas de marcação adversárias.
A busca pela marcação alta, pressionando a saída de bola adversária nos primeiros 15 minutos é algo semelhante ao que era praticado por Abel Braga, na temporada passada. O posicionamento dos laterais também voltaria ao que era praticado com ele no final do Brasileirão de 2020, quando faziam movimentos bastante verticais nos corredores do campo.
Com Miguel, era costumeira a centralização desses atletas na fase ofensiva, apoiando o volante centralizado, enquanto os pontas atuavam abertos, conferindo amplitude e profundidade no terço final do campo.
No momento, Aguirre está sem clube, o que facilitaria um possível retorno ao Beira Rio. Confira a análise tática com as características do uruguaio que podem ser aplicadas no Colorado caso ele seja contratado.
