Scolari é o novo comandante do futebol do Grêmio. Após o fim da longa e vitoriosa passagem de Renato Portaluppi e a rápida ruptura com Tiago Nunes, o Tricolor volta a ter um nome muito identificado como treinador da equipe principal.
O que mais chama atenção na escolha é a ruptura com o que vinha sendo proposto nas últimas temporadas. Renato buscava um time mais agrupado, com jogo apoiado e jogadores buscando o desmarque frequente para criar linhas de passe curto. O modelo teve muito sucesso na maioria do tempo em que o Gaúcho treinou o time.
Felipão não é adepto dessa proposta, e busca mais apoio pelas laterais do campo, explorando lançamentos verticais e um homem de referência que se desloca e cria espaços para a infiltração dos meias abertos. O segundo volante também ataca espaços.
Apesar disso, o Tricolor tem jogadores que atenderiam perfeitamente às necessidades de Felipão no Palmeiras de 2018, por exemplo. Um atacante central com boa capacidade de atrair a marcação e distribuir o jogo, um segundo volante como Mateus Henrique, com boa capacidade de infiltração e pontas com poder de chegar à profundidade do campo.
Thiago Santos volta a trabalhar com Scolari. Os dois foram campeões pelo palestra e o volante teve papel importante, apesar de revezar com Felipe Melo. Deve ter titularidade absoluta e ser bem aproveitado pelo novo treinador.
Pensando nessas características, apesar de uma ruptura, o Grêmio pode funcionar dessa maneira com as peças que tem à disposição. Confira a análise!
