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Análise: Gol espírita de um ataque oscilante indica que Vasco sente a falta de Cano e de um elenco mais encorpado

Foto: Rafael Ribeiro|Vasco

Quando o árbitro Felipe Fernandes de Lima apitou o fim do jogo, o vascaíno viveu um misto de sentimentos. Primeiro sentiu alívio, já que o Vasco sofria uma enorme pressão do Vila Nova-GO, mas conseguiu segurar o resultado e vencer por 1 a 0, em São Januário.

                 

Ao ver a tabela, o torcedor ficou feliz, pelo fato de dormir com o Vasco no G4 da Série B, situação que jamais aconteceu na atual edição. A rodada ainda não terminou, mas isso serve como alento, principalmente por conta do sentimento de preocupação, que tomou conta após o torcedor pensar sobre como foi a partida.

O Vasco mais uma vez não teve uma atuação convincente, principalmente na segunda etapa. O time falhou demais no ataque, desperdiçando algumas oportunidades de matar o jogo. Isso gerou confiança para o Vila Nova, que se impôs, criou boas chances de perigo e poderia ter empatado a partida, caso tivesse mais qualidade ofensiva. Vale destacar que a equipe goiana tem o terceiro pior ataque da Série B, com 11 gols marcados.

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Apesar de todo o sufoco, é necessário ponderar que o Vasco teve desfalques importantes, que mudaram a estrutura da equipe. O principal deles é o de Germán Cano, artilheiro do time na temporada com 14 gols, que cumpriu suspensão. Ele foi substituído por Figueiredo, titular nesta Série B apenas contra o Operário-PR, na primeira rodada.

Evidentemente que o nível técnico iria cair drasticamente, principalmente porque o cria da base vinha jogando nos profissionais pelos lados do campo, apesar de ter desempenhado a função de centroavante na categoria sub-20. Para piorar, o reserva imediato de Cano é Daniel Amorim, que sentiu um problema muscular na véspera da partida.

O comando de ataque não foi a única posição que sofreu alteração. Morato, com Covid-19, também ficou de fora. Coube a Marquinhos Gabriel a missão de fazer o lado esquerdo ofensivo do Vasco, mudando as características do time e do próprio jogador, que vinha atuando pelo centro do campo.

Ficou claro que faltou entrosamento e entendimento dos jogadores de frente nesta partida. No entanto, falta também rodagem em um elenco enxuto, formado majoritariamente por jovens da base, que apesar de terem talento, ainda não estão prontos para sustentar o Vasco em uma Série B.

Dos 23 relacionados contra o Vila Nova-GO, 15 são crias, sendo que apenas Romulo e Andrey possuem mais de 100 jogos entre os profissionais. É louvável que o clube aposte e confie na base, mas contratar para encorpar o grupo parece necessário para evitar mais sofrimento na competição.

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