Em poucos meses de trabalho, Crespo já consegue ter uma equipe bastante competitiva e coesa. Sem uma ruptura tão grande com os princípios básicos que eram aplicados na última temporada, o argentino impõe seu estilo e tem méritos para isso.
Alterando peças, fazendo testes (Vitor Bueno no ataque, por exemplo) e criando alternativas para o encaixe individual das peças no jogo coletivo. Essa é a receita de sucesso do treinador, que aposta na manutenção da estrutura tática para atingir de um alto nível de desempenho em campo.
Contra o Sporting Cristal, mesmo com uma equipe alternativa, um fator ficou evidente: padrão de jogo. Visto a partir da entrada de uma equipe alternativa, mas que buscava exatamente as mesmas funções da equipe principal.
Alguns atletas variam. Rojas, por exemplo, pode atuar aberto, se necessário, ou em uma das posições mais avançadas. Éder é outra ótima opção, fazendo um jogo de profundidade muito bom, sendo boa alternativa a Pablo, mas também podendo substituir Luciano, pela boa qualidade de movimentação.
Crespo prioriza e exige que os mecanismos da equipe sejam repetidos por todos os atletas, e isso aparece em campo. Características já observadas no Defensa Y Justicia, antigo clube do treinador, que mantinha o padrão tático independente dos atletas que estavam em campo.
Essa padronização é a chave para a criação de um jogo coletivo forte, e encaixe rápido dos atletas às funções estabelecidas. Hernán tem sido um grande professor, e tem muitos méritos na rápida absorção dos atletas à proposta. Confira a análise.
