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Análise: Taison pode jogar pelos lados, mas números mostram evolução pelo meio

Divulgação/Internacional

A contratação de Taison pelo Internacional foi um marco no clube. ídolo e colorado identificado, o atacante é muito querido junto a torcida e aos novos companheiros de time. A relevância da chegada dele é tanta, que recebeu a camisa 10, após pedido claro do ex-dono do número, ninguém menos que Andrés D’Alessandro. Todavia, a escolha por essa vestimenta abre uma nova discussão, o posicionamento que Taison assumirá na formação tática do treinador Miguel Ángel Ramírez.

Quando explodiu no Internacional, ainda em 2009, Taison era um especialista da ala esquerda, um legítimo camisa 7. Com muita velocidade e dribles abusados, ele formou uma das melhores, e mais velozes, duplas de ataque da história do clube, ao lado de Nilmar. Tanto é que, naquela época, fez mais gols do que distribuiu assistências – 25 e 14, respectivamente. Isso demonstrava como possuía capacidade alta de aliar movimentação e finalização apurada.

Com o passar das temporadas, e um avanço físico puxando mais para a força, Taison foi gradualmente mudando de posição. Já no Metalist, primeiro time em que atuou na Ucrânia, o atacante começou a ser centralizado pelo treinador. Tanto é que isso começa a mudar os números. Em 83 partidas, foram 20 gols e 26 assistências, demonstrando que os passes para tentos passavam a ser uma característica específica.

No Shakhtar Donetsk, então, Taison vira oficialmente um meio-campista, com funções de camisa 10, apesar de vestir a 7, pelo menos de acordo com as estatísticas. Em 299 jogos, ele distribuiu 78 assistências, enquanto anotou 55 gols. Essa mudança, demonstra que o jovem que saiu em 2010 do Beira-Rio, já não é mais exatamente o mesmo. Antes, um ponteiro driblador e artilheiro. Atualmente, um meia armador e inteligente.

Onde Taison se encaixaria na formação de Miguel Ángel Ramírez?

Na live em que deu as primeiras declarações como jogador do Internacional, Taison chegou a comentar sobre essa pergunta. De acordo com o próprio atacante, ele ainda “pode jogar pelos lados, fica a cargo do mister. Mas, nos últimos anos, tenho ficado mais pelo meio”. Dentro de um esquema de 4-3-3 usado por Miguel Ángel Ramírez, que não usa um legítimo camisa 10, será interessante observar onde Taison será encaixado.

Por questão de rendimento, Taison deve começar pelo lado esquerdo. Todavia, Miguel Ángel Ramírez não pode cometer o erro de escalar o atacante espetado, como faz com Patrick. Por questão de movimentação, talvez seja o caso de pedir para, quando em ataque, Moisés assuma a função de ponta, permitindo a Taison armar mais pelo meio, por onde os números mostrar ser mais eficiente nas temporadas anteriores.

Caso não seja do desejo de Miguel Ángel Ramírez mudar a movimentação do lateral-esquerdo, Taison entrará no meio-campo. Com movimentação, e um pouco de adaptação, ele pode se tornar um terceiro homem na linha, assumindo a titularidade de Praxedes. Com isso, receberia a bola sempre de frente, para dar as assistências precisas que vem conseguindo. Mas também para ter espaços de driblar, característica que nunca perdeu, mas que não foi tão exigida no Shakhtar. Certeza mesmo é que será titular, e ficará a cargo de Miguel Ángel Ramírez por onde, e como, utilizar Taison.

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