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Análise: Veja o contexto do bom empate do São Paulo no Uruguai

São Paulo conseguiu um bom empate no Uruguai (Divulgação/São Paulo)

O São Paulo viajou ao Uruguai para enfrentar, pela segunda vez, o Rentistas. O palco foi o histórico Centenario, estádio candidato a receber a final da Libertadores 2021. O resultado manteve o Tricolor na liderança e pode ser compreendido por alguns fatores diferentes que integram o contexto da partida.

No primeiro jogo entre as equipes, o Rentistas já dava sinais de que, apesar de uma equipe modesta, conseguia ser bastante competitiva. Naquela ocasião, marcou o São Paulo fechando a amplitude e tirando espaços na faixa central do campo, setor onde Crespo gosta de ter o domínio a partir de seu 3-5-2. Veja mais detalhes no vídeo abaixo.

O mesmo foi observado na partida disputada ontem, pela quarta rodada.Novamente, o Rentistas fechou a amplitude, concentrando seus jogadores na faixa central quando atacava, e também quando defendia. Concentrando atletas nessa área do campo, o Rentistas conseguia tirar espaços do São Paulo, forçando uma movimentação muito automatizada dos jogadores do Tricolor. É onde entra o segundo ponto fundamental do contexto da partida: a falta de entrosamento.

Optando por uma equipe alternativa, por conta da proximidade das fases decisivas do Paulistão, Crespo teve em campo jogadores que, mesmo com qualidade individual, não praticavam o jogo coletivo da mesma maneira que os onze titulares, o que é totalmente compreensível. Porém, a falta de entrosamento, gera menos movimentos

automatizados, dificultando a criação contra um time que exigia justamente isso. Duas das peças poupadas foram Daniel Alves e Reinaldo, destaques na partida do Morumbi, e não por acaso. Atuaram com muita aproximação em diferentes setores, ajudando na saída de jogo e também no volume e construção ofensiva. A marcação do Rentistas permitia poucos espaços ao SPFC.

Os lados do campo foram a chave para achar as jogadas em profundidade, e a falta dos jogadores que atuam nessa faixa, com atletas menos automatizados no esquema de Crespo foram fatores determinantes para que a equipe brasileira tivesse menor domínio do jogo em termos de conjunto. Na segunda etapa, o Tricolor sobrou fisicamente, e contou com a boa entrada de Galeano, com movimentação muito intensa para tentar (e conseguir) criar mais espaços pelo meio.

A agressividade, porém, não foi traduzida em gols. Mesmo com duas falhas grandes após segurar recuos feitos com os pés, o goleiro do Rentistas foi destaque praticando ótimas defesas, sendo uma delas espetacular, em pênalti cobrado por Vitor Bueno.

O foco agora é no estadual, que o Tricolor não vence desde 2005. Crespo mostra ter consciência de que a torcida está sedenta por um título (o último foi a Sul-americana de 2012). E chega forte para vencer o Paulista, mantendo boa pontuação também na Libertadores.

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