Grêmio

Anderson Lima e Danrlei relembram o Grêmio tetracampeão da Copa do Brasil em 2001

Arte: João Francisco Ferreira/Divulgação

O Grêmio sempre teve uma intimidade com a Copa do Brasil. Além de ser o primeiro campeão, o Grêmio conquistou quatro taças e chegou a sete finais em 13 edições da competição. Depois de relembrar as conquistas de 1989 com Cuca, do bicampeonato em 1994 com Nildo e do tricamepeonato em 1997 com Mauro Galvão, a conquista do tetracampeonato em 2001 é recordada por Anderson Lima e Danrlei.

Danrlei é cria da base gremista e se tornou titular com apenas 20 anos, em 1993. Permaneceu 10 anos no time profissional do clube e conquistou uma Libertadores, um Brasileirão, uma Recopa Sul-americana, três Copas do Brasil e por cinco vezes o Campeonato Gaúcho. Suas grandes atuações, principalmente em finais e em Gre-Nais, marcaram sua passagem pelo tricolor gaúcho. Por toda indentificação é um dos maiores ídolos da história do Grêmio, se tornando um símbolo para a torcida.

Já Anderson Lima chegou ao Grêmio em 2000, sendo um pedido expresso do então técnico Emerson Leão. Logo tomou conta da lateral direita gremista, onde permaneceu incontestável até 2003. Exímio cobrador de faltas, o atleta é muito lembrado ao lado de outros expoentes na posição como um dos melhores que já passaram pelo clube.

Lembranças do histórico time de 2001

Danrlei; Anderson Polga, Mauro Galvão e Marinho; Anderson Lima, Eduardo Costa, Tinga, Zinho e Rubens Cardoso; Luís Mário e Marcelinho Paraíba. Com esse time e outros jogadores no elenco como Roger, Warley e Fábio Baiano, a equipe conquistou o Gauchão e Copa do Brasil jogando um bom futebol.

Ambos jogadores destacam a importância de Tite na conquista do tetracampeonato da Copa do Brasil. Depois de um ano 2000 complicado, quando o Grêmio montou um bom time com o dinheiro injetado pela ISL, mas não conseguiu conquistar o título, a direção decidiu apostar no então jovem treinador gaúcho, que acabara de ser campeão gaúcho pelo Caxias em cima do Grêmio, em 2000.

– O Tite mudou não só a formação tática, mas como o espírito que tinha dentro do vestiário. Era uma harmonia muito grande. Foi com um cara que veio para reformular todo aquele período que a gente tinha passado de dificuldade em 2000. É um cara sensacional, um gestor  de atletas e pessoas que realmente nos agregou muito. Taticamente aquele 3-5-2 e 3-6-1 era muito bom. Eu adorava atacar e o esquema me deu liberdade. Me adaptei muito rápido e me ajudou muito como atleta. Outros jogadores também puderam  crescer muito – disse Anderson Lima.

– Cada uma das minhas três conquistas teve seu jeito de atuar. Na terceira, pela forma que o Tite trabalhava, visualmente era um futebol mais bonito. Mas eu acho que as três se equivaliam em um futebol sempre com a visão de ir para frente, de ganhar jogos, não fica atrás apenas se defendendo. Aparentemente, sem dúvida a minha terceira Copa do Brasil, que foi a que nós ganhamos contra o Corinthians, foi a com futebol bonito, pela forma que a gente atuava – completou Danrlei.

O Grêmio teve uma caminhada complicada para chegar até a final. Passou por Vila Nova, Santa Cruz, Fluminense, São Paulo e Coritiba até chegar na final contra o Corinthians. Todos os jogos muito disputados, com destaque para a incrível vitória gremista por 4 a 3 contra o São Paulo, no Morumbi. Entretanto, para Anderson Lima e Danrlei, os jogos das finais foram os mais emblemáticos.

– Nossa trajetória na Copa do Brasil começou com dificuldades, mas foi crescendo no decorrer da competição. Realmente a gente foi ganhando confiança e a partir  desse momento quando a equipe se torna mais forte, as coisas começam a se encaixar. Depois da gente ter saído perdendo de 2 a 0 e empatado o jogo, com dois gols do Luis Mário, isso deu uma confiança que a gente poderia ir para São Paulo e conquistar o titulo – afirmou o ex-lateral.

–  O Jogo marcante foi sem dúvida o jogo de volta contra o Corinthians, nós tivemos um primeiro jogo em 2 a 2 onde os nossos atletas estavam um pouco receosos, pois dos 11 titulares, seis estavam pendurados com dois cartões amarelos. Então pessoal segurou um pouquinho. mas quando começou o jogo em São Paulo e a gente fez o  primeiro gol com Marinho ali a gente sabia que dali para frente dificilmente nos tirariam o título, pois tínhamos um time  muito bem montado, ficávamos bastante com a bola isso nos dava tava tranquilidade – lembrou Danrlei.

A situação era desfavorável. Com o Corinthians podendo empatar o jogo da volta por 0 a 0 ou por 1 a 1, o que se viu no Morumbi foi uma das maiores atuações da história do Grêmio. Envolvendo o adversário, a equipe gremista venceu por 3 a 1, com belos gols e com a equipe segura. Anderson Lima e Danrlei recordaram a finalíssima e toda a preparação para a partida.

– – A preparação foi a mesma de todas as finais. A gente depois do já sabia depois do jogo que o 2 a 2 tinha sido um resultado bom para nós, diante do começo do primeiro quando perdíamos por 2 a 0 em casa. A gente sabe que ter conseguido o empate foi muito bom. A gente tinha um time experiente, que sabia sua forma tática de jogar e treinamos a semana inteira para isso, Conhecíamos bem aquele time do Corinthians e sabíamos que 85 mil pessoas dentro do Morumbi poderiam fazer a diferença em favor deles. Mas como eu falei, a experiência do nosso time valeu bastante e a forma que nós jogávamos também. Foi uma semana de bastante trabalho e de bastante estudo da equipe do Corinthians – recordou Danrlei.

– A minha lembrança da final é a melhor possível. Desde a concentração um dia antes, do frio na barriga, da ansiedade de você não dormir, até a hora que chegamos no vestiário com varias mensagens de familiares. Então tinha toda aquela emoção antes do jogo e isso fez com que a gente realmente entrasse para história. Foi uma final marcante, uma final linda e pode ter certeza que está sempre na minha memória. Por isso que eu digo que o Grêmio é um time que eu tenho no meu coração e agradeço de verdade todo carinho que os torcedores tricolores têm por mim – finalizou Anderson Lima.

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