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Andrés Rueda fala sobre situação financeira do Santos: “Crítica, porém, administrável”

Andres Rueda
(Reprodução / YouTube Santos FC)

Há três meses à frente da presidência do Santos, Andrés Rueda falou sobre a situação financeira do clube em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta terça-feira, 2. O presidente disse que a dívida “está beirando, se não superando, R$ 700 milhões”. Posteriormente, explicou que o clube quer pagar as dividas e que as de curto prazo são as que mais preocupam. “É uma situação crítica, porém, administrável”, afirmou.

“Até sexta-feira passada, todos os recebíveis do clube estavam bloqueados, receitas de televisão, de patrocínio, de qualquer entrada para o clube estavam bloqueadas judicialmente” disse.

Nossos jogadores, hoje, estão em dia, só falta o bicho da semifinal. O resto, tanto salários, como direitos de imagem estão em dia. Impostos, que começariam em janeiro já foram pagos. Mas a gente se deparou com uma surpresa muito grande. Os impostos não eram pagos desde 2019″, completou Rueda.

“Por baixo, R$ 150 a R$ 180 milhões, até o final do ano. Se paga essa dívida com receitas recorrentes, renegociando contrato a contrato. Mas é difícil em função de que essas dívidas estão há muito tempo sendo levadas. Quanto mais antiga a dívida, mais difícil fica. Há dívidas renegociadas três vezes. Um exemplo: R$ 8 milhões em dívida. Em dois anos, nada foi pago, foi renegociada três vezes e o principal dela hoje tem R$ 14 milhões. Contamos com a falta de credibilidade desses credores hoje. Temos que renegociar, alongar a dívida. Só vamos respirar quando vendermos jogador, infelizmente. Vamos tirar o nariz da linha d’água com entrada significativa com a venda de um jogador”, explicou o presidente a respeito das dividas de curto prazo.

Rueda falou também sobre as recentes demissões no clube e expôs a situação da folha salarial. “Sendo bem objetivo e transparente, o Santos tem uma folha, sem encargos, beirando os R$ 8 milhões. No futebol, os encargos são de 40 ou 50%. Coisa de R$ 12 milhões. Não encaixa, não dá. Preciso derrubar, de qualquer maneira, o custo da folha para R$ 5,5 ou R$ 6 milhões sem encargos. Vai doer na carne, não tem como. Sem isso, não vamos viabilizar o clube. Não é só torcer para ter um raio, brigar para ter colocações em campeonato. O Santos tem que entrar para ganhar campeonato. Queria ter dinheiro sobrando para contratar o que há de melhor no mercado. Para chegarmos nisso, vamos sofrer. Ninguém gosta de fazer, não é agradável demitir e enxugar a folha. Mas nosso propósito na gestão é corrigir e colocar o Santos no caminho correto”, disse.

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