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Anvisa menciona tentativas frustradas de diálogo com delegação Argentina

Anvisa menciona tentativas frustradas de diálogo com delegação Argentina
Sebastiao Moreira via Imago Images

Após a suspensão do clássico entre Brasil e Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar 2022, deste domingo, a Anvisa divulgou uma nota oficial com detalhes sobre as providências tomadas pelo órgão, antes de enviar agente na Arena Corinthians, com relação a situação de quatro jogadores argentinos que não cumpriram as normas sanitárias do país.

No comunicado a Anvisa esclarece que no último sábado se reuniu com a CONMEBOL, CBF e da delegação Argentina e advertiu sobre a necessidade de quarentena dos quatro jogadores do país, já que os atletas haviam oferecido informações falsas ao desembarcarem no Brasil, descumprindo as leis locais.

Além disso, neste domingo, antes da realização do duelo entre Brasil e Argentina a agência reguladora do Ministério da Saúde já havia anunciado, também por meio de nota, o apoio da PF “a fim de que as providências no âmbito da autoridade policial fossem adotadas de imediato”.

– No exercício de sua missão legal, a Anvisa perseguiu, desde o primeiro momento, o cumprimento à legislação brasileira, que, nesse caso, se restringia à segregação dos quatro jogadores envolvidos e a adoção das medidas sanitárias correspondentes. –

– Desde o instante em que tomou conhecimento da situação irregular dos jogadores – no mesmo dia da chegada da delegação – a Anvisa comunicou o fato às autoridades brasileiras em saúde, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde. –

– Por força dessa comunicação, ainda na tarde do sábado, ocorreu a reunião já referida envolvendo o Ministério da Saúde, secretaria estadual de saúde de São Paulo, representantes da CONMEBOL, CBF e da delegação Argentina. Nessa reunião, a Anvisa, em conjunto com a autoridade de saúde local, determinou, no curso da reunião, a quarentena dos jogadores –, escreveu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Na nota, a Anvisa destacou que desde o dia do desembarque dos jogadores, no dia três de setembro, identificou que as informações apresentadas pelos atletas eram falsas e notificou imediatamente o “CIEVS, as autoridades de Saúde (Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde de São Paulo) que informaram a contingência de quarentena”.

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No entanto, mesmo depois da reunião e da comunicação das autoridades, os jogadores Emiliano Martinez, Emiliano Buendia, Giovani Lo Celso e Cristian Romero, que atuam no Reino Unido, participaram de treinamento na noite do sábado junto a seleção Argentina. 

– Na manhã deste domingo, a Anvisa notificou a Polícia Federal, e até a hora do início do jogo envidou esforços, com apoio policial, para fazer cumprir a medida de quarentena imposta aos jogadores, sua segregação imediata e condução ao recinto aeroportuário. As tentativas foram frustradas, desde a saída da delegação do hotel, e mesmo em tempo considerável antes do início do jogo, quando a Anvisa teve sua atuação protelada já nas instalações da arena de Itaquera –, prosseguiu a nota.

– A decisão de interromper o jogo nunca esteve, nesse caso, na alçada de atuação da Agência. Contudo, a escalação de jogadores que descumpriram as leis brasileiras e as normas sanitárias do país, e ainda que prestaram informações falsas às autoridades, essa assim, sim, exigiu a atuação da Agência de estado, a tempo e a modo. – finalizou.

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A partida entre Brasil e Argentina foi suspensa, após agentes da Anvisa acompanhados de Policiais Federam entraram no gramado da Arena Corinthians, nos cinco minutos iniciais do primeiro tempo.

A Fifa – responsável pelo torneio – ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.  

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