Com apenas 11 anos de idade, o talento da menina Giovanna Waksman já havia chamado a atenção de Fluminense e Botafogo. No Tricolor, ela disputou um torneio contra equipes masculinas e foi vice-campeã. Após os projetos com a base do Fluminense terem sido adiados por causa da pandemia, ela migrou para o clube Alvinegro, onde treina com a equipe sub-18.
O talento de Giovanna foi descoberto nas aulas de Educação Física do colégio, quando ela tinha apenas 6 anos. Ao tanto insistir para participar das atividades com os meninos, seu professor finalmente atendeu ao pedido e ficou surpreso com o que a menina era capaz de fazer. Na escola, todos a comparavam com Marta, jogadora eleita seis vezes a melhor do mundo:
– Para mim o futebol é uma paixão. Meu sonho é jogar fora do país e ser a melhor jogadora do mundo – disse Giovanna.
Atualmente ela é capitã e camisa 10 do Sogipa, sendo a única menina do time.
– Ela tem um vigor físico muito bom, diferenciado de muitos meninos da categoria dela inclusive. Desde que entrou no clube, já conquistou vários troféus individuais – explicou sua treinadora do clube gaúcho, antes de explicar como era a realidade da menina no início dos treinos:
– Alguns meninos não tocavam a bola pra ela. Isso vinha de pais do lado de fora, que falavam para seus filhos não tocarem a bola para a Gi.
Apesar desse momento conturbado, hoje Giovanna é acolhida e respeitada por seus colegas de time, que sabem da importância que a jovem tem para manutenção dos resultados positivos da equipe. O caminho para o sucesso é longo, mas se depender da força de vontade da jovem e dos esforços de seu pai, Giovanna terá totais condições de se tornar uma jogadora profissional:
– Eu não me arrependo de nada que eu faço por ela – revela o pai Renato, que largou o emprego para acompanhar a carreira da filha.
Já no Botafogo, Giovanna treina com a equipe sub-18 mas ainda não está liberada para jogar, devido à sua idade.
– “A princípio, ela treina com nossa equipe sub-18, mas o nosso projeto é que possamos repassar a ela algumas informações de caráter tático e dar a ela um ambiente agradável de treino. Claro que temos intenção de colocar pra jogar em competições com a Sub-18, mas a idade ainda não é permitida. Vamos aguardar o carioca e de repente ver o mínimo que eles (FERJ) vão estipular e aos poucos também dar um ambiente competitivo para ela.” – disse seu treinador no clube carioca.
