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Apesar da grande vitória, noite no Maracanã é marcada por cenas de vandalismo e invasão ao estádio; confira detalhes

Foto: Reprodução / Internet

A partida entre Flamengo e Atlético-MG pela Copa do Brasil, no Maracanã, poderia ficar marcada apenas pela linda festa da torcida rubro-negra, com direito a mosaico, fumaça e faixas nos setores. Entretanto, cenas tristes marcaram o pré-jogo: o ônibus da delegação do Atlético-MG foi apedrejado e teve o vidro quebrado. Além disso, dezenas de pessoas derrubaram as grades de proteção e invadiram o estádios. Outros pontos nos arredores tiveram tumulto. O dia no Rio de Janeiro foi marcado por muita tensão.

Um dos primeiros atos de vandalismo ocorreu contra o elenco do Galo. Ao chegar no Maracanã, o ônibus que trazia a delegação do Atlético-MG foi apedrejado por torcedores. Os vidros foram quebrados. De acordo com o jornalista Diogo Dantas, vários objetos foram atirados para dentro do veículo. Os jogadores teriam sido molhados e membros da comissão técnica sentiram cheiro de urina e cerveja. A conta do Atlético-MG publicou imagens do ocorrido.

Em seguida, cenas trágicas aconteceram no lado de fora do Maracanã, momentos antes da partida. De acordo com o blog “Panorama Esportivo”, em texto também escrito por Diogo Dantas, tanto o Flamengo quanto a Polícia Militar e o Consórcio Maracanã sabiam do risco de invasão de torcedores sem ingresso. Esse era tratado como o jogo de maior risco disso acontecer desde a final da Copa Sul-Americana 2017, entre Flamengo e Independiente.

Ainda segundo a publicação, um grupo de 200 a 300 pessoas circulavam o Maracanã sem ingressos – elas estavam sendo monitoradas pelo Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe). Uma perseguição começou, e as pessoas sem ingressos tentavam se esquivar dos policiais. Até que elas conseguiram passar uma barreira de agentes particulares no setor norte, e a invasão começou.

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A situação só foi normalizada quando a cavalaria da PM chegou. A essa altura, dezenas de pessoas já tinham invadido o estádio. Conforme o vídeo abaixo, o segurança foi obrigado a abrir o portão, pois não tinha como as pessoas que ali estavam retornarem. Além disso, elas estavam em risco, pois eram prensadas contra as grades cada vez mais. No vídeo, é possível ver algumas pessoas pisoteadas.

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As tristes cenas de depredação não se limitaram ao ônibus do Atlético-MG ou à infraestrutura do Maracanã, mas também fora das dependências do estádio, em um local querido pela própria torcida. O Bar do Chico, considerado um dos pontos de encontro mais tradicionais de flamenguistas antes dos jogos – localizado entre a Rua Luíz Gama e a Rua Gen. Canabarro -, foi alvo de vandalismo por parte de torcedores.

Em meio a tanta tensão, houve conflito entre torcedores do Flamengo e do Atlético-MG. A denúncia foi do jornalista Diogo Dantas: “Torcedores do Atlético-MG sem escolta se envolveram em confusão com torcedores do Flamengo na esquina das ruas Artur Menezes e São Francisco Xavier. A Guarda Municipal dissipou o tumulto e atleticanos correram para a entrada, derrubando grades. Não há feridos”, disse em publicação nas redes sociais.

Conflitos lembram final da Copa Sul-Americana 2017

A final da Copa Sul-Americana 2017 entre Flamengo e Independiente também foi marcada por cenas de tumulto e tensão. Na ocasião, brigas entre brasileiros e argentinos foram registradas nos arredores do Maracanã. Além disso, torcedores flamenguistas conseguiram invadir o estádio por mais de um setor. Na época, imagens das câmeras de segurança denunciavam a invasão na imprensa.

Em 2017, o Flamengo foi punido pela Conmebol em dois jogos sem torcida – que viriam a ser cumpridos na Libertadores seguinte, por ser a próxima competição da entidade que o Rubro-Negro disputaria -, contra o River Plate e o Independiente Santa Fé. O Rubro-Negro corre o risco de ser punido novamente – inclusive, correndo risco de jogos sem torcida. Vai depender de uma eventual denúncia do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e se for apurada alguma infração disciplinar por parte do Flamengo.

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