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Após derrota do Cruzeiro, Mozart diz: ‘Seria muito fácil pedir o boné e ir embora, mas eu não sou assim’

Após derrota do Cruzeiro, Mozart diz: 'Seria muito fácil pedir o boné e ir embora, mas eu não sou assim'
Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Após derrota por 1 a 0 para o Remo, no estádio Baenão, em Belém-PA, Mozart, técnico do Cruzeiro, concedeu entrevista coletiva e falou a respeito do resultado do time celeste. Confira as principais declarações do comandante azul:

Resultado injusto?

— Nos primeiros 25, 30 minutos nós, talvez pela ansiedade depois do gol que sofremos, acabamos errando demasiadamente, por querer acelerar. Depois equilibramos o jogo e terminamos bem o primeiro tempo. Eu particularmente não vi nenhuma criação acintosa, uma chance clara deles, tirando o próprio gol. Depois, quando ficamos com um jogador a menos, é normal que eles tivessem uma outra grande oportunidade, e o Fábio fez uma grande defesa no segundo tempo. A gente fica bem triste pelo resultado, pelo que foi esse jogo. Eu sou um cara bem crítico, mas no futebol não tem justiça. Eu aceito as críticas do último jogo, mas esse jogo em si, na minha opinião, pelo menos, a gente jogou melhor que o adversário e, no mínimo, merecíamos o empate.

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Continuidade no cargo

— Se eu tenho clima (para continuar no cargo)? Com certeza. Minha relação com os jogadores é ótima. Mais uma vez eu tenho que vir aqui e enaltecer o que eles fizeram. É óbvio que a derrota dói, pela maneira que se desenhou o jogo, nós realmente não iniciamos ele tão bem, mas o jogo estava equilibrado, o menino acabou acertando um chute de rara felicidade, no que talvez tenha sido a única oportunidade que eles criaram no primeiro tempo. Eu jamais vou abaixar a guarda, esses jogadores eu tenho certeza que jamais vão abaixar a guarda e aí se eu vou permanecer ou não, fica a cargo da diretoria. Eu entendo a pressão externa, entendo a pressão da diretoria, eu entendo tudo. Se a diretoria achar por bem que é preciso uma mudança, eu vou achar bem natural justamente pela questão dos resultados, mas eu acredito que nós podemos reverter. Essa derrota é uma derrota que dói, eu não sei qual vai ser o posicionamento da diretoria, mas eu sinto que eu ainda tenho lenha para queimar. Nós ainda podemos reverter essa situação. Seria muito fácil pedir o boné e ir embora, mas eu particularmente não sou assim. O caminho mais fácil é realmente pedir demissão, mas aí não seria digno da minha parte. É muito simples fazer isso, acho qualquer um faria no meu lugar, mas eu não vou fazer isso. Pode ter certeza disso, porque eu acredito nesses jogadores, acredito no meu trabalho e acredito que nós podemos reverter.

Dificuldade para sair à frente no placar

Em 11 jogos com Mozart no comando técnico, o Cruzeiro saiu à frente no placar em apenas duas oportunidades: na derrota por 2 a 1 para o CSA e na vitória por 1 a 0 contra a Ponte Preta. Perguntado sobre o impacto disso nos problemas defensivos, o treinador celeste respondeu:

— (Sair atrás) impacta diretamente. Óbvio que quando você sai atrás no resultado fica sempre mais difícil. Hoje foi um lance atípico, gol atípico, o menino acertou um chute de rara felicidade. Nós temos que melhorar e corrigir esses detalhes que estão fazendo uma diferença muito grande. Óbvio que quando você sai à frente a probabilidade de você conquistar o resultado positivo é muito maior, eu tenho consciência disso. É corrigir e continuar treinando e trabalhando através de vídeos, treinamentos, tudo que tiver ao nosso alcance.

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