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Após silêncio de Atlético-GO, Hyuri dá voz ao caso Mari Ferrer

Foto: Reprodução

Ao lado de Santos e Red Bull Bragantino, o Atlético-GO foi um dos três clubes da série A que se calaram diante do caso Mari Ferrer. Diferente do seu time, o atacante Hyuri fez um protesto no duelo desta terça-feira (3), diante do Internacional. Antes do apito inicial, o jogador levantou sua mão esquerda, onde tinha um “X” desenhado, gesto que representa o combate da violência contra a mulher e uma forma de pedir socorro.

Se não se posicionou bem para marcar gols durante o jogo, o posicionamento de Hyuri fora do campo, ao dar entrevista após à partida, foi impecável:

– Eu nunca fiz protesto com a ajuda de ninguém, sempre por mim. Depois de tudo que aconteceu hoje, no caso da Mari… Eu tenho esposa, mãe, sobrinha, e este tamanho desrespeito com as mulheres é chocante. Nós todos podemos fazer um pouco mais. Pode parecer complicado fazer isto sozinho, mas cada um deveria fazer a sua parte.

O jogador ainda ressaltou que protestos como esse devem acontecer e pediu para que as pessoas denunciem qualquer tipo de abuso:

– A gente não pode ter medo, a gente tem que fazer alguma coisa para mudar esse país. Eu quero dizer que todas as pessoas que se sintam afetadas, Não esperem por alguém para fazer algum tipo de protesto, faça por si só.

O posicionamento de Hyuri é um manifesto único no time goiano. Além de não se posicionar sobre este caso, o clube tem como goleiro titular um homem que agrediu sua ex-mulher quando estava grávida.

Com o placar de 2×1, o Internacional eliminou o Atlético-GO na partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil e avança para as quartas de final, além de brigar pelo título brasileiro e ainda disputar a Copa Libertadores. Com essas eliminação, o rubro negro disputa apenas o Campeonato Brasileiro até o fim da temporada.

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