O treinador Marcelo Cabo, concedeu entrevista coletiva em São Januário após a vitória de hoje (3/7) contra o Confiança, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.
Após a vitória por 1 a 0, o comandante vascaíno atendeu a imprensa respondendo as perguntas dos jornalistas. Ainda nas dependências de São Januário, local da partida, Cabo, respondendo ao ESPORTE NEWS MUNDO, falou sobre a identidade , ou ‘identidades’ da equipe do Vasco, sob seu comando, para o restante da temporada:
– A gente precisa ter algumas alternâncias táticas dentro da equipe. A gente pode ser uma equipe que oferte ao adversário o primeiro terço para que a gente faça uma marcação de trás para frente pressionando e a gente também possa ter uma equipe em um 4-3-3 um pouco mais ofensiva, como eu terminei o jogo com o Arthur e o Figueiredo e o Cano, para que a gente tenha mais presença de área, essa contundência quando a gente precisar subir a linha. Então o Vasco vai se alternar durante a competição nesses modelos, pode ser o 4-2-3-1, 4-3-3, ou 4-4-2. A gente vem treinando, hoje eu entendi que o Confiança ofertava muita transição, muita bola para as costas da marcação, o primeiro tempo teve o gol, depois o Pec fez um gol que foi anulado e a gente estava ofertando isso bem. E, em contrapartida, o nosso meio-campo no final ficou muito lento, ali a nossa saída de bola. Então eu precisava que o Figueiredo, do lado esquerdo, fizesse a mesma coisa que o Pec fazia do lado direito, no primeiro tempo. A gente tem que ter mais força ofensiva. Então essas alternâncias táticas que a gente vai buscar durante a competição. E hoje foi um dia completamente atípico, foi uma equipe fadigada, principalmente no final do primeiro tempo pro segundo tempo que a gente não conseguiu a força e a intensidade necessária para que a gente pudesse ter essa regularidade em toda a partida.
CONFIRA OUTRAS RESPOSTAS DA ENTREVISTA COLETIVA:
Boa fase em São Januário
– Depois das duas primeiras derrotas em casa, repensamos um pouco a plataforma de jogo. O Vasco tem que vencer sempre em casa, tem que ser muito forte, e a Série B é isso. Em campeonato de pontos corridos, tem que vencer em casa e pontuar fora. Temos uma sustentação defensiva maior, mudamos a forma de marcação e diminuímos bastante o número de gols em bola parada. Evoluímos em alguns aspectos, devemos em outros, e é esse equilíbrio que preciso buscar para a equipe poder propor jogo e trazer mais brilho para nosso modelo.
Pontos fortes do Vasco
– Acho que nosso modelo de jogo deixou a equipe um pouco mais agrupada. Temos jogado mais próximo, o meio-campo é um fator importante e ganhamos sustentação defensiva. Conseguimos três vitórias e as duas derrotas foram com jogadores expulsos. Poderíamos ter uma sequência melhor se não fossem essas expulsões. Sabemos os pontos que estamos devendo, onde precisamos melhorar, mas houve uma proximidade maior do meio-campo. Até o gol, estávamos muito bem no jogo. No segundo tempo, o cansaço abateu a equipe e o Confiança cresceu.
Boa partida de Figueiredo hoje
– Não só o Figueiredo. O Arthur também entrou muito bem. São jogadores pinçados do Sub-20. O Figueiredo pode jogar de extremo ou de 9. Tem uma presença de área boa, uma transição boa, e é um jogador em formação, vai oscilar durante os jogos. Me deu uma alternativa boa por não ter o Jabá. E o Arthur me entregou quando precisei tirar o Pec. São dois jogadores que no Sub-20 faz beirada e faz 9. Queríamos jogar mais no campo do Confiança para ampliar o placar e não conseguimos.
Duelo das posses de bola na partida
– Foi 60 x 40, né?! Estávamos muito cansados, principalmente no segundo tempo. No último jogo, atuamos 90 minutos com menos um e a conta chegaria no segundo tempo. Jogamos agrupados porque sabíamos que em algum momento eles teriam mais intensidade que a gente. Fizemos seis gols nos últimos jogos em casa e sofremos um. Começamos o jogo no 4-4-2, voltamos do intervalo no 4-2-3-1 variando para o 4-3-3 e conseguimos criar situações. São plataformas de jogo muito bem definidas.
