O atacante austríaco Marco Arnautovic foi suspenso por um jogo na Eurocopa depois de comemorar seu gol na primeira partida do torneio, contra a Macedônia do Norte, de forma polêmica e considerada racista. O comitê disciplinar da UEFA classificou o gesto como “insulto ao adversário”.
No site oficial do torneio europeu aparece um selo com a palavra “suspenso” ao lado do nome do jogador na lista de convocados. A federação austríaca divulgou uma nota nesta quarta-feira (16) dizendo que o gesto “implica em pena mínima de suspensão de uma partida para o jogador. A decisão foi comunicada ao ÖFB no início da tarde de quarta-feira. Isso significa que Marko Arnautovic não está disponível para a seleção nacional no segundo jogo da fase de grupos da Eurocopa contra a Holanda”.
Siga o Esporte News Mundo no Twitter, Instagram e Facebook.
A suspensão do jogador está diretamente ligada às questões políticas relacionadas a Macedônia do Norte, país que se localiza no leste da Europa acima da Grécia.
O atacante, que marcou um gol na vitória por 3 a 1 no jogo do estreia, precisou seu acalmado por David Alaba, o capitão da seleção da Áustria, após proferir insultos e gritos aos jogadores rivais. Segundo o jornal “As” Arnautovic, que é filho de um sérvio, teve intenção de ofender os macedônios que pertencem à minoria albanesa.
Os rumores na Sérvia são de que o camisa 7 da Áustria teria falado “shiptar”, que é uma expressão pejorativa sobre a população albanesa, mas não há nenhuma imagem que prove isso. Ademais, o jogador teria feito menção ao “poder branco” com o gesto de “ok” que fez com a mão durante a comemoração.
Rapidamente ao fim da partida, os líderes da Macedônia do Norte emitiram um comunicado solicitando uma “punição mais severa” à UEFA para o jogador, relatando que a federação é contra qualquer tipo de preconceito no futebol.
O austríaco se desculpou nas redes sociais após o acontecimento. “Eu proferi algumas palavras mais acaloradas ontem, motivo pelo qual gostaria de pedir desculpas, especialmente aos meus amigos da Macedônia do Norte e da Albânia. Gostaria de dizer uma coisa e deixar muito claro, eu não sou racista”, disse.