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Arthur Cabral fala sobre interesse da Fiorentina-ITA, amor pelo Ceará e planos para 2021: ‘Vestir a camisa da Seleção nas Olimpíadas’

Foto: Divulgação / FC Basel

Quando chegou ao FC Basel em meados de 2019, Arthur Cabral ainda era uma promessa. Estava sendo emprestado pelo Palmeiras na época, onde pouco havia tido oportunidade sob o comando do então técnico Felipão, mas era o jogador que tinha demonstrado atuando pelo Ceará, onde fora formado e revelado, que interessava ao clube da Suíça. Após bater metas, ser comprado pelos europeus e hoje já ser visto como uma realidade vestindo a camisa da equipe da Basileia, o atacante fala sobre seus planos para a temporada 2021/2022, o amor que sente pelo Alvinegro de Porangabuçu e a atração que tem gerado na Fiorentina, da Itália.

                 

Trinta e seis jogos, 18 gols, quatro assistências e 22 participações diretas em jogadas que terminaram com a bola no fundo das redes adversárias. Foi dessa forma que Arthur Cabral se despediu dos gramados em 2020. Agora, perto de completar 23 anos e com uma nova temporada pela frente, o camisa 98 do Basel faz planos para 2021 e comenta sobre o interesse de grandes equipes do futebol europeu em tê-lo no elenco. Na temporada anterior, seus vários gols, postura dentro de campo e uma vida sem polêmicas fora das quatro linhas já haviam chamado atenção do Rennes, da França. Agora o futebol italiano é quem deseja contar com os talentos do jovem atacante, segundo afirma a imprensa do País.

“(Meus planos para 2021) é seguir fazendo o meu melhor aqui. Fazendo gols, ajudando o Basel a estar bem, brigando lá em cima e ver o que pode surgir para mim. Estive com a Seleção OIímpica nesse ciclo. É um sonho que eu sigo tendo de vestir a camisa da Seleção Brasileira nas Olimpíadas“, planeja Arthur.

Assim como os ótimos números dentro das quatro linhas chamaram a atenção do francês Rennes, na temporada passada, os dados que têm mostrado mais ainda o seu crescimento tem atraído olhares do futebol italiano, mais precisamente da Fiorentina. Afirmando ter como foco principal sua equipe da Basileia, onde tem contrato a cumprir, Arthur Cabral não esconde o desejo de atuar em palcos maiores.

“Eu estou focado no Basel agora e em fazer o meu melhor. Tenho certeza que, fazendo isso, as coisas se concretizam mais. Fico feliz se há mesmo o interesse da Fiorentina ou de qualquer outro time. Não chegou nada a mim. Tenho contrato com o Basel e seguirei dando o melhor. O futuro a Deus pertence. Se for para ser, será”, disse.

Formado nas categorias de base do Ceará e revelado pelo clube em 2016, onde fez seu primeiro gol profissional pela Copa do Brasil na vitória por 1 a 0 diante do Tupi – MG, no estádio Presidente Vargas, o atacante de 23 anos incompletos teve seu auge em solo brasileiro em 2018, quando balançou as redes 24 vezes e terminou o ano como vice-artilheiro daquela temporada. Hoje, mesmo morando longe, o jogador sempre dá um jeitinho de acompanhar o Vovô e declara ser torcedor do Alvinegro de Porangabuçu.

“Sempre disse que seria torcedor do Ceará para sempre depois de tudo que o clube fez por mim e o carinho da torcida. Sempre deixei claro que o Vozão havia ganhado um torcedor para o resto da vida e sou assim. Eu acompanho muito (o time) e acho que o trabalho está sendo muito bem feito. É complicado dizer até onde pode chegar (na Série A do Brasileirão), mas acho que está no caminho certo para começar a sonhar com coisas maiores”, afirmou. “Tenho gratidão por tudo que vivi, tudo que fizeram por mim, o que a torcida faz até hoje. Com certeza sou grato demais”.

Em um ano atípico, como foi em 2020 devido à pandemia da Covid-19, clubes do mundo inteiro tiveram que se adaptar a um novo formato em para seguir protocolos visando evitar o máximo possível a infecção do novo coronavírus. No entanto, Arthur Cabral, assim como alguns colegas de equipe, testou positivo em agosto e precisou ficar isolado.

“Eu não tive nenhum sintoma, não senti nada. Graças a Deus para mim foi tranquilo. Ninguém gosta de ficar isolado, mas, como não tive nada, levei na boa”, declarou. E seguiu falando sobre as mudanças no futebol durante esse período de pandemia. “Foi atípico (o ano), né? Diferente. No começo foi tudo bem estranho, coisas que não estávamos acostumados. Depois fomos nos adaptando com as normas, fazendo tudo que o protocolo manda. Creio que hoje já esteja mais tranquilo, já estamos mais adaptados”.

Atuar e morar no Brasil é muito diferente da Suíça. Não só pela cultura e clima, mas também pelo futebol. O território cearense é predominantemente muito quente, faz muito calor. Já na Basileia, onde o atacante está morando atualmente, faz frio na maior parte do ano. O futebol brasileiro é mais corrido enquanto o suíço tem mais contato. Já acostumado a tudo isso, Arthur Cabral, que é um atleta alto e forte, conta que se adaptou com uma certa facilidade ao jeito de jogar dos suíços, mas que “penou” um pouco por conta do frio.

“Eu acho que me adaptei muito bem. Claro que fora de campo é sempre mais difícil, aqui na Suíça é bem frio, então isso foi complicado, mas em campo acho que foi mais na boa. É um estilo diferente de jogo, mais contato, mais físico, mas eu gosto desse tipo de jogo, então foi tranquilo. Fora o frio que complica, mas também acho que já estou bem adaptado”, finalizou.

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