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Em busca da primeira Olimpíada, Rosamaria comemora boa fase, deseja permanecer no exterior, mas deixa futuro em aberto: ‘aberta às oportunidades’

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FOTO: FIVB/Arquivo

Rosamaria deixou o vôlei brasileiro em 2019 para ter a primeira experiência jogando no exterior. A catarinense de Nova Trento deixou o Praia Clube para acertar com o Perugia, da Itália, e logo na primeira temporada em solo italiano, que foi interrompida por conta da pandemia de coronavírus, anotou 382 pontos e foi a segunda maior pontuadora da fase classificatória do campeonato local. Na atual temporada, a ponteira/oposta acertou com o Casalmaggiore e foi novamente destaque no país napolitano, com 408 tentos, e sendo a segunda maior pontuadora.

Para Rosamaria, o bom aproveitamento se deve para a troca de posição: no Praia Clube, e anteriormente no Minas, vinha sendo utilizada como ponteira nos jogos, o que aumentava o grau de dificuldade dentro de quadra, já que além de atacar, tinha a responsabilidade de recepcionar o saque, e na Itália, a jogadora voltou à posição de origem na saída de rede, onde se destacou pelo Pinheiros no início da carreira e foi campeã na seleção de base.

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– Voltar a jogar como oposta me fez sentir totalmente capaz de novo, ver que tinha muito que realizar e crescer, acertar e errar. Acho que vários fatores fizeram isso acontecer: a mudança de posição, a curiosidade de conhecer um país novo e sua cultura. A sede de aprender tudo novo foi o gás que estava faltando – disse via assessoria da atleta.

Ausente da última convocação de José Roberto Guimarães para a seleção, em 2019, a atacante foi recompensada pelo comandante brasileiro em virtude das boas atuações nos clubes e vem sendo cogitada como uma das postulantes à uma vaga no time olímpico de Tóquio-2021. Consciente do que precisa fazer para disputar a primeira Olimpíada da carreira, a camisa 7 do Casalmaggiore entende que precisa continuar trabalhando duro para sair com a consciência tranquila se não alcançar o objetivo.

– O objetivo é continuar trabalhando e ralando muito. Quero sair, ou permanecer no grupo, com a consciência de que fiz tudo o que podia. Tem muita coisa ainda para acontecer, mas só o nível dos treinos já te faz evoluir demais. Estou bem feliz por estar aqui agora – completou.

Rosamaria não se vê fora da Europa e quer continuar crescendo

Depois de duas temporadas na Itália, Rosamaria destacou a evolução como atleta jogando em solo europeu e disse aberta para novas oportunidades. Antes, a jogadora de 27 anos passou por São Caetano, Campinas, Pinheiros, Minas e por último, Praia Clube. Pela seleção brasileira, foi campeã mundial sub-23 em 2015, sendo eleita a melhor oposta da competição, e conquistou o Grand Prix de 2017 com o time adulto.

– Jogar fora do Brasil tem sido uma experiência muito boa. Me fez evoluir muito como pessoa e como atleta e abrir os olhos para coisas que, talvez aqui no Brasil, eu não conseguiria enxergar. Me fez crescer e a estar aberta às oportunidades. Foi uma decisão acertada e o resultado é ver a minha satisfação com o meu trabalho – afirmou.

Mas apesar das especulações sobre um retorno para a terras tupiniquins, a oposta garantiu que ainda não se vê jogando novamente na Superliga e pretende continuar crescendo como atleta na Europa.

– Meus planos são de continuar fora. Ainda tem muita coisa que eu quero viver, muito campeonato que quero jogar. Nesses dois últimos anos eu não terminei dentro de quadra. Isso me incomoda. Eu preciso voltar e terminar uma competição – finalizou.

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