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Relembre os casos de atletas olímpicos do Brasil que foram pegos no antidoping

Olimpíadas
Foto: Imago Images/Xinhua

Alcançar uma vaga em Jogos Olímpicos é algo que todos os atletas desejam na carreira. No entanto, muitos acabam sofrendo com uso de medicamentos que acabam dando problemas posteriormente com o antidoping. Recentemente, o nadador André Calvelo foi um dos que caíram no exame e perdeu a vaga para Tóquio em 2021.

No Brasil, a lista é grande: são 14 atletas no total, onde poucos conseguiram provar que não tomaram a substância de forma intencional. A maioria dos atletas que testaram positivo receberam penas brandas e apenas uma atleta foi banida do esporte. A saber, a modalidade que mais tem atletas testando positivo no doping é na natação onde tem o último caso e o único banimento. Vale relembrar que este é um ano olímpico, onde os testes são intensificados, logo a possibilidade de aparecerem mais casos é grande. No texto a seguir tem exemplos de atletas culpados e inocentes, acompanhe:

ANDRÉ CALVELO

O nadador de 20 anos teve um resultado analítico adverso para um esteróide anabolizante. Calvelo venceu os 100 metros livre na seletiva de natação com o tempo de 48 segundos e quinze centésimos. Entretanto, no dia seguinte saiu o resultado da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). André provavelmente irá ficar fora dos jogos de Tóquio, pois os casos são julgados em cerca de seis meses e as Olímpiadas são em julho. Caso seja comprovado o uso intencional, ele pegará quatro anos de suspensão.

André Calvelo celebra vitória nos 100m Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA
Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

REBECA GUSMÃO

A nadadora testou positivo para o uso de testosterona em julho de 2007, durante os Jogos do Pan, realizado no Rio de Janeiro. Durante a competição, Rebeca conquistou ouro nos 50 e 100m livre, prata no revezamento 4 x 100 livre e bronze nos 4 x 100 medley. Todas essas medalhas foram retiradas de Rebeca e a mesma foi banida do esporte.

ETIENE MEDEIROS

Etiene quase ficou de fora do Rio 2016. Naquele momento, o maior nome da natação feminina em atividade testou positivo para a substância fenoterol, o qual é um medicamento para tratar a asma. O STJD inocentou a pernambucana e alegou que a mesma não teve culpa.

Troféu Maria Lenk 2016 - Etiene Medeiros (Foto: Satiro Sodré / SSPress)
Foto: Satiro Sodré / SSPress

CESAR CIELO

O maior nome da natação brasileira foi pego no doping, entretanto não decepcionou o mundo. Cielo testou positivo para furosemida, diurético conhecido por esconder substâncias proibidas. A farmácia de manipulação que produziu o remédio assumiu a culpa e Cielo foi apenas advertido.

Cielo foi apenas advertido após ser pego no doping — Foto: Satiro Sodré / SSPress / CBDA
Foto: Satiro Sodré / SSPress / CBDA

GABRIEL SANTOS

O nadador de 23 anos testou positivo para clostebol, um anabolizante fraco e que não é utilizado para aumentar o rendimento e sim curar mais rápido cicatrizações. Na ocasião, Gabriel fez para acelerar o processo de recuperação de uma tatuagem. Como esse método é proibido, o nadador recebeu punição de oito meses e com isso não pode participar do Mundial e do Pan de Lima. Gabriel irá para Tóquio caso André Calvelo não prove inocência.

STJD contesta a convocação de Gabriel Santos para os 4 x 100m - Surto  Olímpico
Foto: Satiro Sodré/ CBDA

MAURREM MAGGI

A primeira atleta do Brasil a ser campeã olímpica em uma prova individual foi flagrada com clostebol, assim como Etiene. Entretanto, diferente da nadadora, a atleta de salto a distância foi suspensa por dois anos ficando de fora de Atenas 2004. Posteriormente, Maurrem não conseguiu a classificação para Pequim 2008.

ANA CLÁUDIA LEMOS

A velocista testou positivo para oxandrolona, um anabolizante que causa um aumento de desempenho. Ana Cláudia foi suspensa por cinco meses, terminando antes do Rio 2016. Livre após o período, a corredora foi convocada, entretanto não disputou os jogos pois estava lesionada no joelho. Vale ressaltar que Ana era o grande nome do atletismo feminino brasileiro para os Jogos do Rio.

DAIANE DOS SANTOS

A campeã mundial de ginástica foi flagrada com furosemida – mesma substância de Cielo. A ginasta alegou que o uso foi para um tratamento estético, não para aprimorar seu rendimento, uma vez que estava se recuperando de uma lesão no joelho. Com isso, Daiane recebeu cinco meses de punição.

THOMAZ BELLUCCI

O chamado de sucessor de Guga foi pego usando hidroclorotiazide, um agente mascarante. Bellucci alegou que houve uma contaminação em seu polivitamínico, o qual costumava tomar. O tenista foi suspenso por cinco meses.

PEDRO SOLBERG

O jogador de vôlei de praia foi vitima de um erro do laboratório de testes. O exame antidoping apontava esteroide androstane, usado para ganho de massa muscular. Como houve erro, Pedro foi absolvido. Solberg processou o laboratório Ladetec, responsável pelo exame incorreto, e ganhou na justiça a quantia que gastou.

Atleta do vôlei de praia, Pedro Solberg foi absolvido após erro em exame antidoping — Foto: Divulgação/FIVB
Foto: Divulgação/FIVB

GIBA

Um dos melhores jogadores da história de vôlei testou positivo para o uso de cannabis sativa, nome científico para maconha. Giba ficou dois meses fora das quadras, sendo a pena máxima de dois anos.

Atletas
Foto: Divulgação

JAQUELINE

A ponteira utilizou sibutramina, um moderador de apetite e foi suspensa por nove meses. Posteriormente sua pena foi reduzida para três. Jaqueline ficou de fora do Pan do Rio e do Sul-Americano de 2007.

RAFAELA SILVA

A judoca campeã olímpica testou positivo para a substância fenoterol, assim como Etiene Medeiros. Rafaela havia acabado de vencer o Pan de Lima e mesmo dia fez o teste e testou positivo. Rafaela foi suspensa por dois anos e está fora de Tóquio.

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