Atlético-MG

Ricardo Guimarães afirma que ‘sucesso do Atlético incomoda prefeitura de BH’

Foto: Bruno Cantini

O dono do Banco BMG e um dos pertencentes dos 4Rs, grupo de mecenas do Atlético-MG, Ricardo Guimarães fez duras críticas ao posicionamento da prefeitura de vetar a presença do público nos estádios de futebol em Belo Horizonte. 

Em entrevista à rádio Itatiaia, Ricardo Guimarães afirmou que a medida tomada pela prefeitura foi radical e que devia acontecer uma reunião com os clubes, estádio e a PBH para poder melhorar o protocolo. 

– Primeiro que quem fala aqui é o Ricardo, atleticano, ex-presidente, conselheiro benemérito e eterno colaborador, não falo em nome oficial do Atlético e nem tenho essa autorização. Mas, respondendo a sua pergunta, a minha percepção é de ficar abismado quanto a essa medida de proibição do público nos jogos de futebol em Belo Horizonte. Assim como vocês, muitas pessoas com quem eu conversei, não vê motivos para uma decisão tão radical como essa nesse momento. Se houve erros no jogo diante do River Plate, a prefeitura também é parte do erro e, em conjunto com o Atlético e o Mineirão, deveriam procurar melhorar o protocolo antes de tomar essa decisão tão radical. 

Ainda, Ricardo opinou a respeito de um possível incômodo que o sucesso do Atlético – dentro e fora de campo – tem gerado na prefeitura. A fala foi direcionada para o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético. Para o empresário, isso justifica as contrapartidas onerosas para a construção da Arena MRV. 

– Para mim essa decisão tem mais um caráter político interno do Atlético do que uma questão pública de prefeitura. Isso nunca vai ser admitido ou comprovado, mas a prefeitura parece querer disputar com os dirigentes e colaboradores do Atlético, parece que existe na prefeitura pessoas querendo dificultar as coisas para o Atlético. Como colaborador e conhecedor do dia a dia, vejo que o sucesso do Atlético tem incomodado pessoas da prefeitura, basta ver as exigências das contrapartidas absurdas e extremamente onerosas para a construção da Arena MRV. E agora, essa decisão de proibição de torcida no estádio de futebol, em BH, que atinge diretamente o Atlético. Para quem está nos bastidores do Atlético, como eu, sabe que o sucesso encaminhado do Atlético, pelos abnegados como Rubens, Rafael, Renato, Sérgio, José Murilo, além do sucesso profissional do Rodrigo Caetano, Cuca, todos os jogadores e colaboradores, podem estar causando inveja e ciúmes em gente na prefeitura, é o que parece. Parece que estão torcendo contra, por mais que digam o contrário. Como isto é apenas uma opinião, não é um posicionamento oficial do clube, não precisa ser provado, mas é uma opinião responsável de quem está dentro e sentindo as dificuldades. 

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RICHA ANTIGA 

Ricardo Guimarães e Alexandre Kalil não tem boas relações desde 2003, quando o atual prefeito de BH era responsável pelo departamento de futebol do Atlético na gestão de Ricardo. O início do afastamento entre os dois nomes da história do Galo se deu em razão de uma aproximação entre o então presidente do Atlético e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o que Kalil era contra.  

Por conta dessa divergência, Alexandre Kalil inclusive deixou o cargo, se tornando presidente executivo do Galo alguns anos depois. 

Porém, o último episódio dessa “novela” é recente. Isso porque o filho de Alexandra Kalil, Felipe Kalil, ex-médico do clube mineiro, disse ter pedido pra deixar o Galo por saber que Ricardo Guimarães havia pedido sua saída do clube. O empresário, no entanto, negou ter participação na demissão do ex-médico do Atlético. Kalil comentou o ocorrido e declarou que seu fiho deu “conta do recado” sozinho, pegando “um mentiroso” e desmoralizando-o. 

– Eu não entrei nisso, até porque o Felipe já é um médico com mestrado, termina agora seu doutorado, é respeitado e não precisa da minha proteção. Ele já é um homem. Ele apenas me comunicou e conversamos a respeito. O Bebeto de Freitas dizia que é mais de pegar um mentiroso do que um aleijado. Foi o que o Felipe fez, pegou um mentiroso e desmoralizá-lo. Não precisou do cachorro grande entrar na história. O cachorrinho pequeno deu conta do recado –, disse o atual prefeito de BH, Alexandre Kalil, em entrevista a Jaeci Carvalho. 

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