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Ausências custam caro ao Flamengo contra o Vasco, e opções de Rogério Ceni desorganizam o time; confira análise

Foto: Marcelo Cortes / Flamengo

Após se sagrar campeão da Supercopa do Brasil vencendo o Palmeiras nos pênaltis, o Flamengo tinha a missão de vencer o Vasco, nesta quinta-feira (15), e ir embalado para a Argentina, onde enfrenta o Vélez Sarsfield, na próxima terça-feira (20). Deu tudo errado. Sem Rodrigo Caio e Arrascaeta, a equipe rubro-negra não se encontrou em campo e perdeu por 3 a 1, gols de Léo Matos, Cano e Morato. Vitinho descontou no final.

Suspenso para a estreia da Libertadores, o zagueiro Rodrigo Caio ficou de fora dos relacionados para que Rogério Ceni pudesse testar a dupla de zaga que irá encarar os argentinos. Bruno Viana foi o escolhido para entrar em seu lugar, e em seu primeiro teste de fogo, não foi bem. Os dois primeiros gols do Vasco surgiram nas costas do zagueiro, que demonstrou dificuldades no posicionamento.

O uruguaio De Arrascaeta foi outro que não esteve em campo nesta quinta-feira (15). Envolvido em um imbróglio com a diretoria do Flamengo sobre a renovação de seu contrato, o meia, de acordo com a versão oficial do Rubro-Negro, sentiu dores após o jogo contra o Palmeiras e foi poupado para ter condições contra o Vélez. João Gomes foi o substituto, para em tese dar sustentação ao meio de campo e um pouco mais de liberdade aos meias, principalmente Gerson.

No entanto, foi um dia para esquecer do volante, que já não havia ido bem contra o Palmeiras. Inicialmente muito preso ao lado do campo, pouco contribuiu para as chegadas do Flamengo e também não conseguia colaborar na marcação como costuma fazer. Assim, as mudanças imaginadas pelo técnico rubro-negro acabaram não funcionando, e o Vasco aproveitou.

A equipe do Flamengo, totalmente desorganizada, tinha extrema dificuldade para furar a marcação imposta pelo Vasco, que claramente apostava nos contra-ataques. Deu certo, e a maior qualidade da equipe rubro-negra não foi suficiente para a diferença gritante de organização entre os dois times e a vontade dos jogadores cruzmaltinos, que encaravam cada lance como se estivessem em uma final.

Com a derrota, é inevitável que a pressão aumente consideravelmente sobre Rogério Ceni, afinal eram 17 jogos, ou quase seis anos, sem perder para o arquirrival. No entanto, na temporada de 2020, foi nos momentos em que mais se sentiu pressionado que o técnico reagiu, como no confronto com o Palmeiras, deslocando Willian Arão para a zaga em um jogo que poderia custar seu cargo. Deu certo, e o Rubro-Negro acabou levantando a taça no final.

Agora, novamente será necessário que Rogério quebre a cabeça para entender como cobrir as vulnerabilidades da equipe, que sente dificuldades sem a presença de Rodrigo Caio, e nesta quinta-feira claramente fez falta a presença de um armador de ofício, como Arrascaeta, que quando não pode jogar, não possui um reserva da mesma função.

Novamente sem Rodrigo Caio e ainda não sabendo se contará com De Arrascaeta, o Flamengo viajará para a Argentina com a missão de fazer sua estreia na Copa Libertadores. Na próxima terça-feira (20), a equipe encara o Vélez Sarsfield, no Estádio José Amalfitani, a partir das 21h30 (horário de Brasília).

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