Papo com Abrahão

Baixo nível no Brasil abre caminho para o Flamengo deitar e rolar novamente

Entra pandemia, sai pandemia. Volta o futebol, paralisa o futebol… O ciclo é diferente do que estamos acostumados, mas o futebol brasileiro segue na mesma pegada. Isto é, estagnado. Depois da revolução feita por Jorge Jesus e seu Flamengo em 2019, este ano catastrófico indica que no Brasil as coisas serão como sempre foram, salvo à possível exceção chamada Domenéc Torrent, que tem tudo para levar o Flamengo ao tranquilo título brasileiro novamente, com o baixo nível jogado por aqui.

                 

A quarta-feira de decisões foi a decepção que imaginávamos. A começar pelo clássico paulista. Uma final envolvendo Corinthians e Palmeiras, não pode ter o baixo nível que teve apresentado em Itaquera. Apesar de alguns destaques individuais, como o ótimo volante palmeirense Patrick de Paula, o desempenho técnico e tático das equipes mostram que tanto Tiago Nunes, quanto Vanderlei Luxemburgo ainda não conseguem ter ideia do que farão com seus times na sequência da temporada. Pior até para Luxa, haja visto que possui um elenco qualificado nas mãos e não faz render. Caminho livre novamente para o Flamengo deitar e rolar no Brasileiro.

E mesmo com suas bravatas de sempre, após nova vitória em um Gre-Nal, Renato Gaúcho não está em berço esplêndido como já esteve em outros momentos. Outrora se auto-proclamando o melhor futebol do Brasil, o Grêmio está muito longe de atingir um bom nível no quesito desempenho. A vitória sobre o Inter foi em cima da covardia do time colorado, que fez uma das piores atuações sobre o comando do argentino Eduardo Coudet. Se sentiu a pressão de decidir com o rival não tem como afirmar, porém se antes a desculpa eram os gramados ruins, nesta quarta-feira foi a falta de estratégia e apatia da equipe. O Inter que encantava em alguns momentos, agora foi só mais um “freguês” para o Tricolor, que não sabe o que é perder já há nove jogos.

Em Minas Gerais, o trabalho de Jorge Sampaoli começa a dar efeito no Atlético-MG. Porém, o América-MG, por mais tradicional que seja, ainda não é um rival a altura para as pretensões do Galo na temporada. Com só o Brasileiro pela frente em disputa, se o argentino encaixar o que pode e com elenco que monta, pode ser o clube a dar um sufoco ao Flamengo. Já no domingo, temos o primeiro embate. Mesmo assim, o tempo urge e o Fla, mesmo com a mudança de treinador já está anos luz a frente do rival.

Vale resssaltar também, no Nordeste, o Bahia, visto como potencial candidato até a a uma das vagas na próxima Copa Libertadores… Organizado, com finanças em dia, com boas contratações e com desempenho péssimo dentro de campo. Sorte do Ceará que levantou o caneco da Copa do Nordeste, sem muito trabalho.

A tendência, pelo novo calendário, é assistirmos uma pobreza de futebol durante toda a temporada. A partir deste fim de semana, acabou tempo de treinamentos. Como jogos no fim e no meio de semana até fevereiro de 2021, dificilmente algum treinador vai implementar um estilo diferente de jogo. Se ainda não conseguiram, sem poder treinar a parte tática, vai ser na qualidade individual.

E como por tudo que já foi mostrado, o Flamengo está com o caminho muito livre para emendar o bicampeonato brasileiro. Palmeirenses, corintianos, são-paulinos, gremistas, colorados, botafoguenses, vascaínos…. Não esperem muita coisa. Os criticados estaduais tem sua valia: para enganar muito torcedor, derrubar treinador e mostrar como o nível do futebol no Brasil está cada dia pior.

*Este texto não reproduz, necessariamente, a opinião do Esporte News Mundo

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