Cruzeiro

Em balancete do 3º trimestre de 2020, Cruzeiro apresenta endividamento superior a R$ 1 bilhão

Foto: Mineirão/Cruzeiro

O Cruzeiro divulgou, nesta quarta-feira (6), o balancete do clube referente ao terceiro trimestre, que compreende o período de janeiro a setembro. Em resumo, o time celeste encontrou algumas dificuldades, muito em função da diminuição da arrecadação de fundos.

Série B, cota de televisão, pandemia e portões fechados nos jogos em razão da necessidade de distanciamento social foram os principais motivos. Em nove meses, o Cruzeiro teve uma arrecadação de R$ 84 milhões, valor menor do que os R$ 235 milhões arrecadados no mesmo período do ano anterior (2019).

Porém, no quesito geração de capital, houve um fruto bom a ser colhido: patrocínios e licenciamentos. Com um aumento de R$ 5 milhões na comparação entre os períodos – os nove meses de 2020 versus os de 2019 , o departamento comercial foi o único ponto positivo.

Para além dos baixos valores arrecadados, o Cruzeiro gastou mais do que o capital gerado/conquistado pelo clube. Isso porque o time celeste desembolsou, entre janeiro e setembro, R$ 253 milhões. A princípio, é preciso considerar os custos da Raposa com salários, encargos trabalhistas e direitos de imagem.

Ainda, apesar de ter havido uma queda nos valores desembolsados com o futebol profissional do time mineiro, o gasto com as categorias de base se elevaram. Outro fator a ser considerado é o impacto das rescisões de contratos, o que houve neste período.

Nesse cenário, houve esforços para amenizar as despesas do clube. Ao somar todas elas, também administrativas e do clube social, inclusive folha, a redução entre 2019 e 2020 chegou a cerca de R$ 100 milhões. Mesmo assim, houve ainda o acréscimo das chamadas provisões, que dizem respeito a ações judiciais que provavelmente serão perdidas pelo clube.

Assim sendo, o Cruzeiro teve entre janeiro e setembro um déficit de R$ 343 milhões, no entanto uma parte considerável, cerca de R$ 111 milhões, refere-se às tais provisões para contingências.

ENDIVIDAMENTO!

Mesmo com os esforços para redução de gastos, o Cruzeiro registrou uma dívida superior a R$ 1 bilhão pela primeira vez em sua história. Em contrapartida e como alívio para o clube, em outubro, a Raposa fechou um acordo com o governo para reparcelar impostos que deixaram de ser recolhidos.

Foto: Cruzeiro/Reprodução

Por meio da transação tributária, a atual diretoria conseguiu R$ 152 milhões em descontos e prazo alongado para os R$ 182 milhões restantes. O benefício? O abatimento de dívidas e o alongamento de prazos ainda não foram contabilizados neste balancete.

Ainda, segundo o balancete, nos empréstimos, créditos com vencimento de curto prazo – menos de um ano –, foram reduzidos. O Cruzeiro chegou a setembro com R$ 14 milhões a pagar para bancos e instituições financeiras. Porém, os empréstimos de longo prazo aumentaram, e muito, passando a R$ 115 milhões, uma quantia que será cobrada pelos credores em prazo superior a um ano.

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