Esportes olímpicos

Basquete 3×3, a nova modalidade olímpica: qual a diferença para o basquete tradicional?

DIVULGAÇÃO/FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE BASQUETE

Nas Olimpíadas de Tóquio 2021, que começam no mês que vem, teremos várias modalidades estreantes, como golfe, escalada, surfe, dentre outras. Uma delas é o basquete 3×3, uma variante do basquetebol tradicional disputada por três jogadores em cada time.

                 

Embora seja recente em competições oficiais, o basquete 3×3 é um velho conhecido de todos os amantes e praticantes de basquetebol mundo afora. Sendo mais dinâmico, valorizando mais as habilidades individuais dos jogadores, além de ser mais fácil de ser praticado, por demandar menos pessoas em quadra e somente uma cesta, o 3×3 é um esporte muito popular entre aqueles que buscam diversão no basquete, com um jogo mais descontraído e inclusivo.

Muitas vezes, não se tem acesso à uma quadra inteira com duas cestas de cada lado, ou a 10 jogadores disponíveis, mais alguns na reserva (afinal basquete é um esporte divertido, mas cansativo).

É exatamente aí que o 3×3 entra: somente uma cesta, um pequeno espaço e 8 ou 9 jogadores (6 em quadra e o resto aguardando) já são suficientes para jogar um ‘rachão’, como é conhecido o jogo de basquete sem compromisso (tipo uma ‘pelada’, em comparação com o futebol).

Não é raro ver pessoas jogando 3×3 no meio da rua, com tabelas fixadas em postes, ou até mesmo em hastes de metal/suportes de madeira colocadas lá pelos próprios praticantes para segurá-las. Apesar dessas possibilidades, o 3×3 urbano é normalmente praticado em quadras públicas.

Assim como as ‘peladas’ de futsal e fut-7, em que os praticantes geralmente são amantes do futebol tradicional, mas raramente disputam aquela partida de fim de semana em um campo de 11 jogadores, lógica do basquete 3×3 é parecida.

Não é a toa que o 3×3 é o esporte urbano número 1 do planeta, com mais de 250 milhões de praticantes mundo afora, segundo a Federação Internacional de Basquetebol (FIBA), entidade que chancela o esporte.

Com tantos adeptos, bastou-se apenas enxergar o potencial desse desporto popular, definir regras oficiais, e pronto, o jogo tão amado pelos admiradores do basquete se tornou um esporte oficial.

O primeiro evento da modalidade foi realizado em 2010, nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Singapura. Em 2017, apenas 7 anos depois da estreia em eventos oficiais, o basquete 3×3 tornou-se modalidade olímpica.

Mas afinal, quais as diferenças do basquete 3×3 para o tradicional? Vamos às regras:

Número de jogadores

Como o próprio nome da modalidade já entrega, o 3×3 é praticado por 3 jogadores em cada time. No banco de reservas, 1 jogador por equipe.

Tamanho da quadra e número de aros

De acordo com o site da FIBA, o comprimento da quadra deve ser de 15 metros, e a largura de 11 metros. No basquetebol tradicional, o comprimento da quadra é de 28 metros, e a largura é de 15 metros.

A modalidade é disputada com somente 1 aro, em que ambos os times pontuam nele, nos seus respectivos ataques.

ARTE: ESPORTE NEWS MUNDO

Pontuação

No basquete 3×3, o arremesso feito do perímetro vale 2 pontos, e a cesta feita dentro do garrafão vale 1. No basquete tradicional, o arremesso feito atrás da linha vale 3 pontos (a linha é conhecida como linha de 3 pontos, nome que não se aplica ao 3×3), e a cesta feita dentro dessa linha vale 2.

Para facilitar a sua vida, caro leitor, vamos chamar essa linha de ‘linha de 2 pontos’.

Tempo de jogo e limite de pontuação

Sim, no basquete 3×3 existe limite de pontuação.

Na modalidade 3×3, há apenas um período de 10 minutos, contra os 4 períodos, também de 10 minutos, do basquete tradicional. Porém, no 3×3, existe uma regra interessante: o jogo acaba com 10 minutos ou quando um dos times fizer 21 pontos. Sim, o primeiro que fizer 21 pontos vence. Obviamente, caso nenhum deles fizer 21 pontos nesses 10 minutos, ganha quem tiver mais.

Prorrogação

Caso nenhum dos dois times faça 21 pontos no tempo normal, e o placar acabe empatado, temos a prorrogação. Na prorrogação do 3×3, ganha o time que marcar 2 pontos primeiro (seja com um arremesso atrás da linha de 2 pontos, ou com duas cestas de 1 ponto). No basquete tradicional, a prorrogação se constitui em um período de 5 minutos.

Tempo de ataque

O tempo de ataque de cada time é de 12 segundos, ou seja, a equipe com a posse de bola possui 12 segundos para concluir o ataque. No basquete tradicional, esse tempo é de 24 segundos.

Reposição de bola após a cesta

Esta regra é um exemplo do dinamismo do 3×3: no basquete tradicional, após uma cesta, um jogador do time adversário deve se posicionar atrás da linha de fundo com a bola e passá-la à um companheiro para recolocá-la em jogo. No 3×3, um jogador do time que sofreu o ponto simplesmente pega a bola de onde ela caiu (embaixo da cesta, dentro de quadra mesmo) e pode passá-la à um colega de equipe ou sair jogando com ela.

É claro que o jogador não pode simplesmente pegar a bola embaixo da cesta e fazer um ponto dali mesmo. Para o ataque ser válido, o time com a posse deverá levar a bola para trás da linha de 2 pontos, ou seja, se afastando da cesta. Pode ser através de um passe para algum jogador que esteja posicionado atrás da linha, ou o próprio jogador que pegou a bola poderá conduzi-la até a parte de fora.

Bola

A bola do basquete 3×3 também é diferente da bola usada no basquete tradicional. Sua circunferência é um pouco menor, e além das linhas presentes nas bolas tradicionais, ela contém um relevo especial, o que facilita a pegada.

Siga o Esporte News Mundo no TwitterInstagram e Facebook.

O basquete 3×3 será disputado nas Olimpíadas de Tóquio 2021 nas categorias masculina e feminina, cada uma com 8 países. O Brasil não terá representantes em nenhuma delas. Apesar da boa atuação no Pré-Olímpico, disputado em Graz, na Áustria, a equipe masculina foi derrotada pela França e não conseguiu a vaga para Tóquio. Mas, mesmo sem nosso país na competição, é um esporte que vale a pena ser acompanhado, e que você poderá ficar por dentro de tudo com a cobertura olímpica do Esporte News Mundo.

1 Comment

1 Comment

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo