O Racing recebe o Boca Juniors nesta quarta-feira (16), às 21h30 de Brasília, no estádio Presidente Perón em Avellaneda. A partida é válida pela ida das quartas de final da Libertadores da América.
Essa é o primeiro confronto envolvendo argentinos nessa edição da Libertadores. Os Xeneizes vem de uma emocionante classificação nos pênaltis contra o Internacional. Já La Academia também se classificou nas penalidades máximas, mas contra o Flamengo.
Os clubes não vivem bons momentos em seus torneios locais. Enquanto o Racing disputa a fase Complemento e foi derrotado na última rodada contra o Veléz, o Boca Juniors está na fase Campeonato e vem de empate para o Arsenal Sarandí.
O jornalista Felipe Silveyra, do portal Orgullo Racinguista, definiu o confronto para o Esporte News Mundo:
– É difícil dizer se estará bem ou mal (a partida), porque no torneio nacional argentino, perdeu 5 das seis partidas na zona 1 e agora está na fase de complemento e eu acho que não está jogando tão bem. Mas na partida contra o Flamengo, foi chave, porque era um duelo muito duro e que o Racing se clasificou. Na fase de grupos custou bastante as partidas, apesar de ter ganhado 5 de 6. Jogamos com equipes fracas como Alianza Lima e Estudiantes de Mérida e foi bem difícil ganhar os dois jogos.
Para o lado do Boca Juniors, a expectativa também é alta, entretanto, o baixo rendimento nas últimas partidas pode afetar a equipe de Miguel Angél Russo. Os Xeneizes que são detentores de seis taças da Libertadores, vão em busca do seu sétimo título da competição. O jornalista Ezequiel Kresteff, da rádio Belgrano Am 650, explicou:
– O Boca vem golpeado, perdeu de local para o Inter na Libertadores e no Campeonato Argentino tem baixo rendimento. Mas o técnico da equipe está muito otimista com essa partida, porque vários titulares descansaram no final de semana. O Boca sempre é candidato a ser campeão da Libertadores, e nesta ocasião acho que o físico será o fundamental. São partidas difíceis e diferentes ao mesmo tempo. Eu acredito que o Boca é mais que o Racing e vai se classificar.
Não é a primeira vez que equipes argentinas se encontram na Libertadores. Em 2018, por exemplo, a final foi justamente com um dos maiores clássicos do país e do mundo. Boca Juniors e River Plate tiveram que disputar a finalíssima em Madrid, por conta das confusões envolvendo a torcida de ambas as equipes, tamanha rivalidade. Com o Racing é um pouco diferente, visto que o maior adversário da Acade é o Independiente.
– A partida é intensa, não é um superclásico, mas tem muita repercussão. Falam menos do que a final entre o River e o Boca, mas todos os programas esportivos estão todos com esse jogo, mais do que River x Nacional. Falaram 70% de Racing x Boca e apenas 30% do River – Contou Kresteff.
O clima na Argentina
Quando dois times do mesmo país sem enfrentam o clima é diferente. A torcida fica eufórica e espera vencer aquela equipe tão bem conhecida dos torneios locais. Na Argentina não seria diferente. Tomas Scigliano contou como se vive essa partida no país ‘hermano’:
– Nunca se teve dúvidas que a partida mais atrativa dessa quarta de final é o duelo entre Boca – Racing, por que são duas equipes argentinas e dois times grandes do país. Além disso os dois vivem um mal momento futebolístico e não se sabe o que vai acontecer, acho que será um jogo muito parelho.
O argentino Lucas Gonzalez compartilha da opinião de Scigliano, entretanto alerta para o foco das duas equipes. Uma se preocupa com a arbitragem, visto que se sentiu prejudicada na partida anterior, a outra foca totalmente na equipe:
– É uma partida que podemos definir como um clássico, mas o que mais se fala é sobre o tema do VAR, porque o Racing viveu isso no jogo contra o Flamengo. O Beccacece fala muito que vai ficar atento a essa questão. Pelo lado de Boca, o Russo também falou sobre o VAR, que vai estar atento, mas estava mais focado na equipe, enquanto o Racing está muito irritado com o tema da arbitragem.
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