Red Bull Bragantino

Há 30 anos, o Brasil conhecia um campeão inédito: o Bragantino

Time de 1990 perfilado para a futura foto do título. Foto: Divulgação/Site oficial do Bragantino

Uma data que estará sempre presente na memória do torcedor do Braga: 26/08/1990. Nessa data, ocorria em Bragança Paulista o 2º jogo da final do Paulistão entre Bragantino e Novorizontino. Jogo que colocaria o Bragantino de vez no cenário nacional.

                 

Com um empate no primeiro jogo, bastava um novo empate, tanto no tempo normal quanto na prorrogação, para que o Braga saísse campeão naquela tarde de domingo, já que possuía melhor campanha.

O COMEÇO DE TUDO

O Bragantino começava a demonstrar sua força em 1989, quando chegou a semifinal do Paulistão. Inspirados pelo título da Inter de Limeira em 1986, o Braga contratou jogadores importantes como Mazinho e Mauro Silva e foi até a Arábia Saudita para trazer a peça fundamental para a química do time: Vanderlei Luxemburgo.

Luxa era para ter sido técnico dos juniores, mas, após longa conversa com o presidente Nabi Abi Chedid, chegaram a conclusão de que deveria assumir mesmo a equipe principal. Com isso, além de uma honrosa semifinal de Paulista, a equipe foi campeã da Série B daquele ano.

INVESTIMENTOS QUE DÃO RESULTADOS

No início de 1990, embalados pela boa fase da equipe, a diretoria resolveu investir pesado para dar estrutura necessária aos atletas. A diretoria foi atrás de grandes nomes para a fisioterapia, nutrição, preparação física e medicina, além de reformas de ampliação no estádio Marcelo Stéfani.

Nessa comissão estrelada, haviam nomes como: Luís Carlos Prima (preparador físico com passagens na seleção), Luiz Rosan (fisioterapeuta) e Marco Aurélio Cunha (médico muito conhecido pelo trabalho no São Paulo futuramente).

CAMINHADA PARA O TÍTULO INÉDITO

Na 1ª e 2ª fase do campeonato, o Massa Bruta ficou com a 3ª melhor campanha fazendo 28 pontos, ficando atrás apenas de Corinthians (33) e Palmeiras (31) e também no 3º lugar do Grupo 1, atrás das mesmas equipes. O futuro adversário da final ficou em 7º lugar do Grupo 1 com 25 pontos.

Para a 3ª fase, os 14 times classificados seriam divididos em dois grupos: Preto e Vermelho. O Braga estava no grupo Preto junto de Botafogo, Corinthians, Ituano, Mogi Mirim, Santos e XV de Jaú. Os times se enfrentariam dentro do próprio grupo e disputaria a final o primeiro de cada grupo.

O Braga chegou para o último jogo com um ponto a frente do Corinthians apenas e era justamente contra o Timão o último jogo. Após garantir o 0 a 0 estava confirmado: teríamos a 1ª final de Paulistão com dois times do interior. O Novorizontino garantiu a liderança no grupo 2, um ponto a frente do Palmeiras.

Ambas as equipes possuíam jogadores muito bons e que seriam destaque no futebol nacional e internacional, pelo lado do Braga se destaca Mazinho e Mauro Silva e pelo lado do Novorizontino, Márcio Santos e Paulo Sérgio. Com exceção de Mazinho, os outros foram campeões do mundo em 1994 com a Seleção Brasileira.

UMA MÃO NA TAÇA

No dia 22 de agosto acontecia o 1º jogo da “final caipira” entre as duas equipes em Novo Horizonte. Para a equipe mandante, um resultado positivo era interessante para “quebrar” a vantagem do empate que o Braga tinha e até chegou a abrir o placar com Édson aos 41 minutos do 1º tempo. Porém, aos 23 minutos do 2º tempo, Gil Baiano igualou o placar e assim ficou até o final do jogo, deixando a equipe carijó mais próxima do título.

A CONSAGRAÇÃO

O jogo de volta estava marcado para o dia 26 de agosto e o dia marcou a recepção dos moradores de Bragança aos visitantes. Houve um festival de pipas e cardápios especiais nos restaurantes que continham a famosa linguiça de Bragança. O time passou a ser conhecido como “Linguiça Mecânica” em alusão a Holanda de 1974, pelo belo futebol apresentado por Luxemburgo.

O Bragantino entrou em campo com: Marcelo; Gil Baiano, Júnior, Carlos Augusto e Biro Biro; Mauro Silva, Ivair e Tiba; Mazinho, Mario e João Santos. Entraram Franklin e Robert. Comandados por Vanderlei Luxemburgo.

O Novorizontino entrou em campo com: Maurício; Odair, Fernando, Marcio Santos e Goiano; Marcão, Tiãozinho e Edson; Robson, Barbosa e Roberto Cearense. Entraram Flávio e Edmilson. O técnico era Nelsinho Baptista.

Assim como no 1º jogo, o Novorizontino saiu a frente do placar, Fernando balançou as redes do Braga aos 22 minutos do 2º tempo, porém, não durou muito, aos 26 minutos, Tiba, empataria o jogo e seria o herói do título. Após persistir o empate na prorrogação, o Braga se tornava o segundo campeão paulista que pertencia ao interior de São Paulo. Primeiro e único título paulista da equipe.

O título coroava a grande campanha feita por Luxemburgo. Foram 37 jogos, 18 vitórias, 12 empates e 7 derrotas. Com grande repercussão do trabalho, Luxa recebeu uma proposta do Flamengo e deixou o clube, Parreira veio para o lugar dele.

Após boa campanha no Brasileirão de 1991, a debandada foi feita e o Braga perdeu suas principais peças, levando o time a fazer campanhas irregulares.

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