São Paulo e Palmeiras se enfrentam em dois jogos decisivos pelo Campeonato Paulista. O primeiro acontece nesta quinta-feira (20), às 22h (horário de Brasília), no Allianz Parque e no domingo, a final será às 16h (horário de Brasília), no Morumbi.
O clássico choque-rei envolve emoções intensas e decisões históricas, mas o que não podemos esquecer é do equilíbrio e a rica rivalidade entre as equipes.
O último título do Tricolor aconteceu há 16 anos, porém, naquela edição, o torcedor são-paulino se lembra muito bem dos confrontos contra o Palmeiras pelo Estadual e principalmente pela Copa Libertadores. Pelo Paulista, vitória de 3 a 0 sobre o rival alviverde. Um mês depois, em maio, pela Libertadores, dois confrontos emocionantes, com direito a eliminação do rival e golaços de um dos personagens do Tricolor: o lateral Cicinho, campeão com o São Paulo, que conversou exclusivamente com o Esporte News Mundo.
– A respeito do título do Paulista: você torce para o time, cresce torcendo tendo o seu time de coração e o meu, é o São Paulo. E você veste a camisa, conquista o Paulista, disputa clássicos contra o Palmeiras, fazendo gols, então é a realização de um sonho. Ainda ser coroado com o título, que não tem como explicar. Digamos que sou um dos poucos privilegiados do futebol que nasceu torcendo para o time, cresceu e tem o nome na história desse clube que está no coração, que é o São Paulo. Agradeço à Deus por ter conquistado o título Paulista e de ter dado alegria aos torcedores – explicou o ex-lateral direito do Tricolor em entrevista exclusiva ao ENM.
Marcação-pressão de adversário? Não é problema. Pelo menos não para Cicinho. É verdade que o ex-lateral não marcou diante do Palmeiras pelo Estadual de 2005, mas foi campeão com o Tricolor e personagem da equipe pela Libertadores contra o rival. No Parque Antarctica, o lateral marcou um golaço diante do rival pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores daquele ano, que neste mês completou 16 anos e no jogo de volta, marcou o segundo gol no final da partida que eliminou o rival. O duelo foi para lá de especial e histórico: marcou o gol de número 10.000 da competição e completava 100 jogos com a camisa Tricolor.
– O São Paulo me fez viver momentos mágicos. Tanto o gol, quanto o gol de número 10.000 da Libertadores, eliminando um clube brasileiro se tratando de um clássico, fazendo história e dando um passo muito importante à conquista da Libertadores, foi muito gratificante. Sem sombra de dúvidas poder escrever o nome na história com grandes gols e grandes jogos, ainda se tratando de clássicos. Então, eu agradeço à Deus e ao São Paulo por ter me proporcionado todos esses feitos. – falou Cicinho.
Balançar as redes contra o Palmeiras não era problema: naquela ocasião, Cicinho marcou o quarto gol em cinco jogos contra o grande rival alviverde, time que mais vezes foi vazado pelo lateral.
– Eu sempre tive sorte contra o Palmeiras. Um fato interessante nesse jogo do Parque Antarctica, quando acabou a partida, o goleiro Rogério Ceni entrou jogando a luva no vestiário e eu perguntei: “poxa, nós ganhamos, Rogério e você está nervoso?”, mas ele (Rogério) começou a brincar: “Ganhar de 1 a 0 aqui do Palmeiras, com gol de esquerda do Cicinho então quer dizer que estamos classificados!”. Então, gerou uma brincadeira, o que parecia ser tenso virou motivo de alegria e é muito bacana reviver esses momentos que não saem da mente. Classificar em cima do rival deu muita força para nós chegarmos confiantes nas finais – comentou.
Duelos decisivos? Cicinho decisivo. O antigo carrasco do Palmeiras daquela época, independente da competição, é dono de um dos gols mais importantes na história de um mata-mata entre São Paulo e Palmeiras.
Assim, o São Paulo irá em busca de ser campeão diante do Palmeiras e tentar acabar com o jejum de nove anos sem ganhar um título e 16 anos de seu último grito de campeão Paulista.
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