Atlético-MG

Atlético-MG faz mais um Brasileiro irregular e disparidade entre aproveitamento dentro e fora de casa assusta

Foto: Pedro Souza / Atlético

O Atlético-MG terminou o Campeonato Brasileiro na terceira colocação. No início da temporada, a expectativa era brigar por um G6/G8 e tentar voltar para a Libertadores. Com a chegada de investidores, de Sampaoli e de muitos reforços, a meta passou a ser o G4. No fim, o Galo terminou onde planejava, mas ao longo do campeonato mostrou que poderia ter conquistado o título, mas mais uma vez foi irregular e, mesmo com a vaga entre os quatro primeiros, ficou um sabor de que poderia ter acabado campeão. Essa sensação não foi a primeira vez que o torcedor e os que estão no clube sentiram.

Na temporada 2012, o Galo disputou, pela primeira vez no século, o título da competição, mas acabou sendo vice-campeão. No fim, muitas críticas para a arbitragem, mas ficou claro que, mesmo com os erros de arbitragem, se o Galo tivesse feito a parte dele e não fosse irregular, teria se sagrado campeão. Um dado que deixa isso claro é a porcentagem de vitórias dentro e fora de casa do clube. Na ocasião, o Galo teve incríveis 82,46% de aproveitamento jogando em casa, mas fora teve apenas 43,86%, deixando a desejar.

Em 2015, o alvinegro voltou a disputar o título e voltou a ser vice. Na ocasião, pode se explicar também pelo campeonato impecável do Corinthians. Mas há questões que ajudam a explicar o vice. Mais uma vez uma campeonato irregular pode ser a resposta. Foram 71,93% de aproveitamento em casa e 49,12% fora, melhorando o aproveitamento fora em relação a 2012, mas decaindo em casa. Outro fato é que o clube conquistou apenas 18 pontos em 18 jogos contra os outros nove times da parte de cima da tabela, por outro lado, conquistou 51 em 20 jogos contra os 10 times da parte de baixo.

Na temporada 2020, nenhuma diferença com relação a aproveitamento dentro e fora de casa, que seguiu irregular. Em casa, foram incríveis 85,96% de aproveitamento, o melhor de um clube, em casa, na história do Brasileiro com 20 times (desde 2007). Já fora, mais uma campanha ruim, com apenas 38,59% de aproveitamento.

As derrotas “bobas” fora de casa, como para Botafogo, Bahia, Goiás e Vasco, fizeram a diferença. Mas mesmo com a campanha quase perfeita em casa, o Galo também perdeu pontos bobos como mandante, principalmente nos empates com Sport e Bahia. Além disso, o time foi uma das piores defesas entre os primeiros colocados, foi o time que mais precisou chutar a gol para marcar e no fim ainda perdeu Keno, que foi o jogador com mais participações diretas para gol no clube, com 10 gols e nove assistências na competição.

Em resumo, o Atlético teve mais uma temporada de altos e baixos na qual poderia ter terminado como campeão. Mas essa irregularidade e o fato de ser um mal visitante – os últimos 10 campeões do Brasileiro foram o melhor visitante do torneio – fizeram a diferença. Para se ter ideia, com a última rodada completa, o Galo terminou apenas três pontos atrás do campeão Flamengo, ou seja, uma vitória em um dos vários tropeços de derrotas fariam do Galo o campeão.

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