Faltando pouco mais de quatro meses para o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a preocupação com a saúde dos participantes ganhou um aliado importante: o Comitê Olímpico Chinês ofereceu vacinar atletas olímpicos, paralímpicos e das Olimpíadas de Inverno, marcadas para Pequim, em 2022.
Um dia após sua reeleição para a presidência do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach fez novo discurso, confirmando a oferta chinesa e afirmando que o Comitê não só pagará todas as doses para atletas Olímpicos e Paralímpicos, como vai adquirir duas aplicações adicionais, que poderão ser disponibilizadas para a população de cada país, “de acordo com suas necessidades”:
— Estamos gratos por esta iniciativa, que mostra o verdadeiro espírito olímpico de solidariedade. Essas iniciativas são um marco para assegurar a segurança dos Jogos de Tóquio. São nossa demonstração de solidariedade com o povo japonês, por quem temos o maior respeito. É o símbolo de uma unidade global necessária para superarmos a Covid-19 — afirmou Bach.
LUTA CONTRA NOVO ADIAMENTO
Ao vacinar atletas olímpicos, o Comitê tenta evitar um novo adiamento das Olimpíadas, inicialmente marcadas para 2020. O esforço de vacinação dos atletas já começou em países como Hungria, Israel, Lituânia e Sérvia, mas a maioria dos países não considera os esportistas como grupo prioritário, inclusive o Brasil.
De acordo com o presidente do COI, “um número significativo de equipes olímpicas já foi vacinado, de acordo com suas diretrizes nacionais”. As doses adicionais podem compensar o que poderia ser visto pela comunidade internacional como “furada de fila”, já que são esperados por volta de 11.000 atletas nas modalidades. A vacinação, contudo, não será obrigatória.
Tóquio pretende anunciar no final do mês que não aceitará espectadores estrangeiros nos jogos, uma alternativa à realizar a competição sem público. O primeiro adiamento já causou gastos adicionais bilionários.
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