Esportes olímpicos

COI recua e afirma que irá discutir protestos nos Jogos Olímpicos com atletas

Thomas Bach realizou teleconferências nesta quarta-feira (Créditos: Reprodução/Youtube @IOC Media)
Thomas Bach realizou teleconferência nesta quarta-feira (Créditos: Reprodução/Youtube @IOC Media)

Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), realizou uma teleconferência nesta quarta-feira (10) por meio dos canais oficiais da entidade. Entre os temas tratados, está a possível realizações de protestos políticos durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, que serão disputados em 2021.

                 

Segundo Thomas Bach, essa questão está sendo discutida entre a Comissão de Atletas para encontrar um consenso entre a organização e os esportistas. O posicionamento do presidente do COI acontece após a entidade afirmar, em entrevista ao The Telegraph, que poderia haver punição em casos de manifestações durante a competição, segundo o regulamento.

De acordo com a regra 50 da Carta Olímpica, “é proibida qualquer tipo de manifestação ou propaganda política, religiosa ou racial nas instalações ou arenas olímpicas”.

“A Comissão de Atletas está conversando com atletas do mundo inteiro, com o objetivo de encontrar a melhor forma deles mostrarem seu apoio. Não seria justo eu falar algo agora. Os atletas vão discutir e nos trazer a proposta. Analisaremos formas para que os atletas se manifestem dignamente. Também estamos de acordo que precisamos nos manter atentos a possíveis demonstrações segregatórias. Manteremos o debate”, afirmou Thomas Bach.

O presidente também aproveitou a teleconferência para ler uma nota oficial emitida pela entidade nesta quarta-feira, afirmando que condena o racismo e que os Jogos Olímpicos são uma demonstração poderosa contra o racismo e a favor da inclusão social.

“O Comitê Olímpico Internacional (COI) defende a não discriminação como um dos pilares fundadores do Movimento Olímpico, como consta a na Carta Olímpica, onde diz que ‘o gozo dos direitos e liberdades estabelecidos nesta Carta Olímpica será garantido sem discriminação de qualquer tipo, como raça, cor, sexo, orientação sexual, idioma, religião, opinião política, origem política, origem nacional ou social, propriedade, nascimento ou outro status’. Os Jogos Olímpicos são uma demonstração global muito poderosa contra o racismo e pela inclusão. Eles são uma celebração da unidade da humanidade em toda a nossa diversidade”, diz um trecho da nota, em tradução livre.

O tema entra em questão após diversos atletas realizarem protestos contra o racismo e a violência policial contra negros, em uma onda de manifestações que surgiram como resposta à morte de George Floyd. Homem negro de 46 anos, o ex-segurança morreu depois de uma ação violenta de um policial em Minneapolis, nos Estados Unidos.

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo