Com o fim do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Corinthians consegue respirar mais aliviado. Se antes o perigo era a zona de rebaixamento, hoje o Timão já figura na parte de cima da tabela. A escalada até a décima colocação veio depois de um bom início com Vagner Mancini, que acumulou três vitórias em quatro jogos de Brasileirão. As mudanças do treinador nas peças do time também fizeram efeito.
Um dos exemplos é Xavier. Lançado por Coelho, quando assumiu interinamente, o volante fez uma boa estreia contra o Bahia, mas perdeu espaço. Desde a chegada de Mancini, foi titular em todos os jogos. Outro que voltou a ganhar espaço foi Ramiro.
Nem tão participativo…
O “faz-tudo” do Corinthians voltou a ser protagonista das escalações com Mancini. Ramiro jogou quatro das cinco partidas sob o comando do novo treinador – só não esteve na derrota para o Flamengo. Ao todo, o meio-campista atuou em 11 partidas como titular.
Mesmo participando da maioria dos jogos, Ramiro tem média de 60 minutos por partida. Somando todo o tempo em que esteve em campo, o camisa 8 teve aproximadamente 960 minutos dos 1710 disputados pelo Corinthians no primeiro turno.
Cada treinador o sacou em uma oportunidade. Nos oito jogos de Tiago Nunes, Ramiro não jogou uma partida – contra o Fortaleza. Sob o comando de Coelho, não entrou diante do Santos. Ainda assim, sem ser um dos destaques da equipe, estatísticas comprovam sua eficiência e importância.
Corinthians melhor com Ramiro?
Um levantamento do InStat mostra como Ramiro desempenha funções importantes. Com ele em campo, o Corinthians constrói mais da metade de seus ataques posicionais: 53.1%. O ataque posicional é caracterizado pela ferramenta como uma jogada construída, com o time mantendo a posse de bola. Durante o primeiro turno, o Corinthians executou (tanto com sucesso quanto com falhas), 1152 ataques desse tipo – e Ramiro esteve em campo em 612 destes.
Ao todo, no Campeonato Brasileiro até então, o Corinthians distribuiu 18 assistências. Metade delas saíram com Ramiro em campo, uma vez que os passes-chave – aqueles que geram oportunidades de finalização e/ou gol – aumentam quando o camisa 8 joga. Dos 102 passes-chave do Timão no campeonato, 58 aconteceram quando Ramiro jogava: 56.7%.
Além do bom funcionamento no ataque, o meio-campista também é um “motorzinho” na defesa. O próprio já comentou, em entrevista coletiva, que gosta de ser versátil e poder exercer diversas funções. Mais do que os passes e criação de chances, a relação de recuperações do Corinthians aumenta com Ramiro em campo. Aproximadamente 56% das bolas recuperadas pelo alvinegro aconteceram com a presença de Ramiro (506 de 899).
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