Atlético-MG

Consolidação, sequência de trabalho e títulos; o que esperar do Atlético-MG em 2021

Foto: Pedro Souza / Atlético

O 2020 do Atlético foi um ano de completa reformulação no clube, com uma mentalidade diferente, mais investimentos e uma boa perspectiva do futuro. O clube e o torcedor esperam que 2021 seja o ano da consolidação do trabalho, e que os frutos sejam colhidos, principalmente pensando em títulos.

                 

O Atlético começa o ano já com uma novo presidente, o empresário Sergio Coelho, que já disse querer renovar o contrato do técnico Jorge Sampaoli até o fim de 2022 – atualmente o contrato é até o fim de 2021. Isso mostra que o trabalho a longo médio/longo prazo é um pensamento do Atlético. O clube entende que nada se cria da noite para o dia e quer dar tempo ao treinador e ao jovem elenco para que mostrem que a escolha foi certeira e que títulos sejam conquistados.

Além de Sampaoli, que chegou já com a temporada rolando e ainda teve a pausa da pandemia, o elenco do Atlético é praticamente inteiro novo. Ou seja, 2020 foi o ano para os jogadores e o treinador se conhecerem melhor e entenderem melhor o propósito e o formato de jogo. Mesmo que, após as grandes contratações, a pressão para o título do Brasileiro tenha aumentado, o Galo não tinha obrigação de vencer nada nessa temporada. Reformulações não acontecem da noite para o dia, mesmo com o investimento auto como o do alvinegro. Pra isso é necessário tempo, e o clube parece dar este respaldo ao treinador e ao elenco.

Em 2021, o Atlético completa 50 anos sem vencer o Campeonato Brasileiro, o maior jejum do país com relação a competição nacional. A pressão vai ser ainda maior, mas mesmo que Sampaoli e seus jogadores não consigam vencer o Brasileiro de 2020 (que só termina em 2021), o clima não pode ser de terra arrasada.

Mesmo sem pré-temporada, a partir do início das competições de 2021 o Atlético terá uma certa “obrigação” de vencer algo grande. À final, o elenco e o treinador (que não foram baratos) já estarão há certo tempo trabalhando juntos e não haverá uma mudança muito grande no elenco como em 2020. Provavelmente alguns jogadores devem sair e outros chegar, mas nada que mude muito a espinha dorsal do Galo.

Em resumo, o Atlético tem que terminar a temporada 2020 de forma que mostre que o processo para a temporada 2021 esteja evoluindo, mesmo sem o título do Brasileiro. A partir da nova temporada, com uma cobrança maior, ao menos um título grande tem que ser conquistado, para mostrar uma evolução maior ainda do projeto e assim seguir. O título do Brasileiro seria o ideal, para sair da fila, mas claro que não se pode descartar uma Copa do Brasil e principalmente uma Copa Libertadores.

QUEM PODE FAZER A DIFERENÇA
Além de Sampaoli, o Atlético tem alguns pilares que não podem ser perdidos para 2021. São eles: Junior Alonso, Guilherme Arana e Keno. Coincidentemente, os três atuam pelo lado esquerdo do campo. Todos mostraram ser essenciais para o esquema que o treinador argentino quer fazer, e em 2021 vão precisar ser mais protagonistas ainda.

O QUE O CLUBE PRECISA
Os principais pontos de fraqueza do Atlético são defensivamente. Para a posição de volante, o clube tem apenas Jair, com ele machucado (como é o que acontece hoje), Sampaoli encontra muita dificuldade para montar o meio campo. Além do volante, um zagueiro que acompanhe o nível de Junior Alonso também seria de suma importância para o Galo se consolidar. Apesar de bons zagueiros no elenco, como Réver, Igor Rabello e Gabriel, ficou claro que sem Alonso, o Atlético perde muito defensivamente. Ou seja, o Galo precisa concentrar seus esforços para contratações defensivas.

O setor de meio-campo é um que o Atlético já tem boas opções, mas pode pintar algum novo jogador. O que a torcida mais deseja é um camisa 10, não que o elenco já não conte com bons meias, mas o desejo é o chamado “camisa 10 clássico” ou “pifador”. Aquele jogador que resolve o jogo com um passe apenas. Como era o equatoriano Cazares (que foi cedido ao Corinthians) em algumas ocasiões.

O setor que parece menos precisar de jogadores é o ataque. Os considerados titulares Keno, Vargas e Savarino, já mostrarem darem conta do recado. Para reserva ainda há jogadores como Marrony, Sasha, o jovem Sávio e quem sabe Diego Tardelli. Uma boa oportunidade de mercado é sempre bem-vinda, mas como já falamos, é importante se concentrar nos reforços defensivos.

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