Cruzeiro

Contra a Chape, Cruzeiro cruza mais de 50 bolas na área sem aproveitar; Baixo repertório preocupa

Gustavo Aleixo/Cruzeiro

O resultado foi diferente das vitórias nas três primeiras partidas na Série B do Campeonato Brasileiro. O desempenho, nem tanto. Em mais uma atuação ruim sob o comando de Enderson Moreira, o Cruzeiro viu a sorte, que tanto ajudou nos últimos encontros, virar contra – o gol marcado por Anselmo Ramon (aquele), saiu após desvio em Cacáe caiu por 1 a 0 para a Chapecoense, na noite deste domingo, no Mineirão.

O Cruzeiro iniciou o duelo em Belo Horizonte com uma inversão dos pontas em relação aos últimos jogos : o canhoto Maurício, na direita, e o destro Stênio, na esquerda, em posições mais naturais a ambos. Mas foi só Anselmo Ramon fazer valer a “lei do ex” e abrir o placar aos 10 do 1º T para os extremos da Raposa voltarem a atuar com os pés abertos. Daí em diante, a tônica dos últimos jogos se repetiu.

PONTAS COM PÉ ABERTO ‘VICIAM’ CRUZEIRO EM CRUZAMENTOS

A Chapecoense se fechou e o Cruzeiro, mal disposto em campo, se limitou aos cruzamentos. A equipe alçou incríveis 53 bolas na área adversária, das quais aproveitou apenas 13 (24%). Wellinton foi o líder no quesito, com com 10 cruzamentos. O garoto, que substituiu Stênio na insistência de Enderson em ter um destro no flanco direito, é mais um que já deu provas de funcionar melhor com o pé invertido. Foi pela esquerda que o jogador de 21 anos fez bela jogada e deu passe para Jean marcar o gol da vitória sobre o Botafogo-SP, na primeira rodada.

Com dificuldades em criar linhas de passe e envolver a defesa da Chape, o Cruzeiro também abusou das bolas longas: foram 49, com 63% de acerto. A bola chegando “quebrada” ao ataque refletiu na qualidade das finalizações. De 15 arremates do Cruzeiro no jogo, apenas um teve o destino do gol de João Ricardo. O time catarinense finalizou menos e acertou mais: três em 10 tentativas.

LATERAL-ESQUERDA É DOR DE CABEÇA

Individualmente, Giovanni foi o grande destaque negativo desta quinta-feira. Contratado a pedido Enderson Moreira, o jogador, mais uma vez, deu mostras de que não tem capacidade de ser o titular da lateral-esquerda. Defensivamente, o jogador de 31 anos fez péssima recomposição e sobrecarregou o zagueiro Cacá. Na fase ofensiva, chamou atenção um cruzamento direto para a linha de fundo, além dos erros de passe de todos os tipos – dos mais curtos aos mais complexos.
Giovanni deu lugar aos 29 minutos do segundo tempo a Patrick Brey, que incorporou o desespero Cruzeirense pela vitória e cruzou nove bolas na área, sendo o número dois no fundamento, na partida.

O Cruzeiro, agora, enfrenta longa viagem até Aracaju-SE para enfrentar o Confiança no próximo domingo, às 16h. Com três pontos*, a Raposa terminou a quarta rodada na 11ª posição, a quatro pontos da zona de acesso para a Série A do Brasileirão.

* Punido pela Fifa por dívida internacional, o Cruzeiro iniciou a Série B com um débito de seis pontos na tabela.

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