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Corinthians enfrenta Mirassol corrigindo os erros do passado

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Neste domingo (02), Corinthians e Mirassol brigam pela vaga na final do Campeonato Paulista. O jogo será na Arena Corinthians, às 16h, pelo horário de Brasília. Na segunda rodada da fase de classificação, os dois times empataram por 1×1. 

Naquela ocasião, vindo de um 4×1 em cima do Botafogo-SP, o Corinthians ainda era um projeto do que Tiago Nunes pensava para o time. Tanto pelo elenco quanto pelo jeito de jogar. O mesmo vale para o Mirassol, que perdeu 18 jogadores durante a paralisação.

No empate da segunda rodada, o Corinthians começou a mostrar a vulnerabilidade defensiva que ficaria marcada ao longo do Paulistão. Depois do primeiro gol corintiano, o Mirassol carregou a maior parte do perigo do jogo à meta de Cássio. Um dos pontos baixos do desempenho defensivo do time de Tiago Nunes era a cobertura, que passou a ser exposta nessa partida. 

O que deu errado

Os lados do campo foram o grande calcanhar de Aquiles para o Corinthians. Ao mesmo tempo que é um setor importante para o que o treinador deseja no ataque, era uma região que era atacada com facilidade. Fagner é o principal criador de oportunidades do time. Por isso, é comum ver o lateral se lançando ao ataque. E foi nas costas dele que o Mirassol jogou durante grande parte do confronto.

No esquema de movimentação do ataque alvinegro, Luan ultrapassava Boselli em diversas ocasiões. Com isso, Ramiro ocupava o meio e Fagner tinha o corredor inteiro para apoiar a criação. O problema é que, com a dupla de volantes que vinha jogando, Richard e Camacho, formava-se um buraco descoberto para que o adversário atacasse. De acordo com um levantamento do SofaScore sobre o posicionamento dos jogadores na partida, em média, sete atletas do Mirassol ocupavam o lado esquerdo do campo ao longo do jogo. Isso evidencia como o espaço deixado por Fagner era um ótimo terreno para avançar. 

Isso acontecia porque Camacho, o volante pela direita, não cobria essa área. Um jogador mais voltado para o apoio e a opção de passe, ele visava mais ajudar os companheiros a manter a bola do que defender. Isso resultou em enorme pressão do Mirassol, principalmente na última metade do segundo tempo. 

Foram 16 finalizações, sendo 11 dentro da área, três grandes chances e um chute na trave no lado do Mirassol. O Corinthians ainda sofreu 33 cruzamentos e deu 25 cortes ao longo do jogo, mostrando como a equipe estava encurralada. No lado ofensivo, pouco impressionou. Foram 517 passes, com 84% de acerto, mas que não resultaram em perigo (apenas uma grande chance criada) e, então, se tornou um ponto criticado no estilo de Tiago Nunes.

A correção

Ao longo da campanha do Corinthians, o treinador alvinegro testou diversas combinações de elenco titular. As trocas de Lucas Piton e Carlos Augusto na lateral, Mateus Vital e Luan na armação e as várias mudanças nas pontas e no ataque. A parada por conta da pandemia de Covid-19 pareceu acalmar o processo e dar tempo para o treinador pensar sobre seu time ideal, bem como o estilo de jogo da equipe. 

Desde a volta do futebol, o Corinthians conta uma defesa mais sólida e um sistema de criação mais arrojado. Camacho, junto de Gabriel, passou a ter melhores atuações defensivas, mas, ainda assim, Ederson foi uma opção mais encorajada pelos seus atributos físicos e versatilidade. Ramiro agora tem mais responsabilidades defensivas, o que ajuda a cobertura das subidas de Fagner. 

O próprio Gabriel, conhecido por ser um volante defensivo, tem ajudado bastante na manutenção da posse. Agora, é um jogador que pode ser o responsável por levar a bola ao ataque, e os números o apoiam. É o quarto jogador do time com mais passes certos por partida (44), com 86% de aproveitamento. Ainda assim, é o principal defensor do setor e o líder em desarmes por jogo no Corinthians (3.6).

A troca na posição dos zagueiros também é um motivo pela melhor proteção da área constantemente exposta por Fagner. Gil, que antes atuava na esquerda, passa a ser o zagueiro por aquele lado, dando mais segurança e apoio, também, ao volante pela direita. Uma mudança que ajuda a progressão da bola, como próprio Tiago Nunes disse em entrevista coletiva. O técnico prefere que os zagueiros atuem pelo lado da sua perna boa – no caso, Danilo Avelar na esquerda e Gil na direita.

Time disponível

O Corinthians chega para a semifinal muito diferente do time que empatou contra o Mirassol na segunda rodada. Com a adição de Cantillo e Jô, além de ter “fechado” o elenco em meio a tantas mudanças ao longo do campeonato, o Timão tende a estar mais seguro para chegar à final e buscar o seu tetracampeonato Paulista.

O treinador tem praticamente os seus jogadores a disposição para o confronto. O atacante Everaldo e o meio-campista Cantillo, que ficaram fora do último jogo, também participaram do treinamento deste sábado junto do grupo. Boselli segue fora por conta de um afundamento na face que teve diante do Oeste, há dois jogos.

A tendência é que Tiago Nunes repita a escalação da última partida. Os titulares, então, devem ser: Cássio; Fagner, Gil, Danilo Avelar e Carlos Augusto; Éderson, Gabriel e Luan; Ramiro, Jô e Mateus Vital.

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