Coritiba

Bola parada pode ser a grande arma do Coritiba contra o Paraná neste domingo

Foto: Divulgação/Coritiba

POR BRENO ANTUNES E GIULIA MAIA

                 

Depois de quatro meses de paralisação, o Campeonato Paranaense retorna neste final de semana com as quartas de final. O Paraná recebe em casa o Coritiba, num clássico que promete agitar o domingo. A partida será neste domingo (19), às 16h, na Vila Capanema. Os times já se enfrentaram em 2020 em jogo na Vila Capanema, válido pela 3ª rodada do campeonato, com vitória do Coritiba por 1 a 0, e gol de Thiago Lopes.      

Neste primeiro jogo das quartas de final, o Coritiba não tem novidades no elenco. O técnico Eduardo Barroca se manifestou dizendo que pretende manter a mesma base que enfrentou o Athletico. Uma provável escalação do Coxa tem Alex Muralha; Rhodolfo, Sabino, Natanael e William Matheus; Nathan Silva, Gabriel e Thiago Lopes; Rafinha, Robson e Igor Jesus. Jogadores importantes voltam de lesões e podem ser utilizados por Barroca para alterações, como Sassá. 

O time alviverde vem de uma vitória convincente no maior rival, o Athletico-PR, visto que, na ocasião, o Coxa balançou a rede 4 vezes, com gols de Igor Jesus, Sabino, Matheus Sales e Rhodolfo. Apesar do longo tempo sem partidas, o ataque do Coritiba pode surpreender neste fim de semana. 

No seu último jogo antes da paralisação do Paranaense, o Paraná sofreu uma derrota fora de casa por 1 a 0 contra o Toledo. O time mandante se saiu melhor, mas perdeu muitas chances no primeiro tempo, com bolas no travessão e boas defesas dos goleiros de ambos os times; o Toledo conseguiu escapar do rebaixamento do Paranaense, e o Paraná avançou para a segunda fase. 

A provável escalação do tricolor para o clássico conta com Alisson; Paulo Henrique, Thales, Fabrício e Juninho; Carlos Dias, Kaio, Renan Bressan e Thiago Alves; Marcelo e Raphael Alemão.

ATAQUE COXA-BRANCA

Ao longo das 11 rodadas do campeonato paranaense, o Coritiba balançou as redes 24 vezes – ao lado do FC Cascavel, são as únicas equipes que marcaram em todas as partidas. Isso representa uma média de 2,18 gols por partida, fazendo do Coxa o melhor ataque do campeonato e ajudando a equipe a terminar a primeira fase do estadual na primeira colocação.

A equipe comandada por Eduardo Barroca utiliza muito a bola para conseguir esses resultados. No entanto, isso gera um debate: isso representa um ponto positivo ou uma falta de repertório? O Esporte News Mundo levantou dados para entender esse recurso do Coxa.

BOLA PARADA

A bola parada é a principal aliada do Coritiba. Foi através dela que a equipe marcou metade dos gols no campeonato Paranaense: são seis gols de escanteio, três gols em cobrança de falta, dois gols originados de uma falta e um de pênalti.

Além disso, esse é um artifício que vem sendo muito usado para abrir o caminho para o ataque alviverde, porque em sete partidas, o primeiro gol do Coritiba aconteceu por meio da bola parada, incluindo na vitória de 6 a 1 sobre o Cianorte – até o momento, a maior goleada do campeonato.

Em jogos que o adversário se fecha e tenta o contra-ataque, o primeiro gol abre o caminho para que o Coritiba possa jogar com mais tranquilidade e quebrar a retranca do outro time.

Esse é um ponto forte também por um olhar defensivo, porque dos dez gols sofridos no campeonato, apenas três foram originados assim – dois deles foram em cobranças de escanteio, enquanto o outro foi em um pênalti.

Isso reforça a importância de uma bola parada consistente, pois contribui para a construção da equipe no ataque e na defesa, e também mostra como o sucesso dessa jogada é resultado de muito treino. Na média, o Coritiba tem 0,91 gols sofridos por jogo. Isso faz da equipe, ao lado do Operário e do Cianorte, a segunda melhor defesa do campeonato paranaense.

PONTO FRACO

Uma estatística importante é a maneira que os gols de bola parada estão distribuídos ao longo do campeonato, já que nas últimas cinco rodadas, dos dez gols marcados, sete foram nesse tipo de jogada – isso pode ser um um sinal do desgaste físico da equipe ao longo do campeonato.

Esses dados refletem na lista dos artilheiros da competição. Apesar do melhor ataque do campeonato, nenhum jogador da equipe aparece entre os goleadores do campeonato. Sassá, Ruy, Rodolpho e Rafinha são os que mais vezes marcaram, todos com três gols – ainda distantes de Pedrinho, do Athletico, com seis gols.

Thiago Lopes celebra o gol da vitória contra o Paraná. Foto: Divulgação/Coritiba

Da lista dos goleadores alviverdes, todos marcaram em jogadas de bola parada, portanto, essa informação destaca a importância desse recurso para o time, sendo um zagueiro, Rodolpho, um dos goleadores. Isso levanta o debate sobre o jogo com bola rolando da equipe, que poderia produzir mais.

PONTO FORTE OU FALTA DE REPERTÓRIO?

A bola parada do Coritiba deve ser elogiada, já que tem se mostrado funcional – o clube tem o melhor ataque do campeonato e tem méritos em conseguir aprimorar essa jogada. No entanto, também é um fator que deve acender um alerta no torcedor Coxa-branca, já que no campeonato brasileiro, que começa em agosto, o time irá enfrentar adversário de nível superior aos do Paranaense, e que conseguem mostrar mais repertório nessa jogada.

Logo, é preciso variar as possibilidades. O Coxa tem potencial para fazer mais do ponto de vista ofensivo, e não precisa ser dependente de uma jogada em específico. Para a competição nacional, a equipe precisa de mais criatividade na hora de balançar as redes.

Para a continuidade do Paranaense, essa vai ser uma arma que o Coxa pode abusar. Nos primeiros jogos, que os times provavelmente sofrerão com a falta de ritmo de jogo, a bola parada pode ser o diferencial para decidir quem irá adiante no campeonato. Veja os palpites dos setoristas de Athletico e Coritiba para a rodada do paranaense.

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