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Opinião: Coudet, Abel e agora Ramírez; técnicos mudam, mas Internacional segue sofrendo derrotas inexplicáveis

Ricardo Duarte/Internacional

Na última terça-feira (11), o Internacional perdeu para o fraco time do Deportivo Táchira, pela Libertadores da América. O placar de 2 a 1, além de deixar o gosto amargo de ter levado a virada, traz a tona memórias não tão distantes no torcedor colorado. Aquela partida foi quase um replay de duelos anteriores nos últimos anos, seja pela parte de intensidade ou anímica.

                 

Uma derrota inesperada, e até certo ponto inexplicável após goleada de 4 a 0 sobre os mesmos adversários duas semanas antes, traz, naturalmente críticas. No entanto, as cobranças estão decaindo muito sobre o técnico Miguel Ángel Ramírez, de forma equivocada. Fracassos em jogos “fáceis”, vem ocorrendo com o Internacional desde o ano passado, enquanto Eduardo Coudet ainda era o treinador.

Que colorado não lembra de um Internacional embalado, indo enfrentar um Goiás na lanterna do Brasileirão e sendo derrotado sob o comando de Eduardo Coudet? Ou, nas rodadas finais, a equipe gaúcha, treinada por Abel Braga, sendo superada dentro do Beira-Rio por um Sport também na zona de rebaixamento? E quem sabe relembrar menos de um mês atrás, quando o clube do povo saiu derrotado por um até então desconhecido Always Ready, da Bolívia? Todas essas derrotas marcaram o torcedor do Internacional, e por motivos muito semelhantes.

Seja contra o Goiás, em 2020, diante do Sport, já em 2021, ou na partida contra o Deportivo Táchira, na última terça-feira (11), faltou concentração ao time do Internacional. Em todas essas partidas, com treinadores diferentes, o clube gaúcho entrou em campo com a sensação de que ganharia a qualquer momento. Era visível a displicência na finalização dos lances, mesmo que houvesse criação. Até por isso, uma derrota acaba irritando o torcedor. Em nenhum momento o clube tinha dificuldades de ingressar na área adversária, só faltava a concentração para saber o momento de finalizar ou passar.

Nos três casos, inclusive, foi a falta de concentração que acabou prejudicando não só lá na frente, mas também na defesa. Contra o Goiás, bastou uma finalização do alviverde. Um chute fraco conseguiu enganar Marcelo Lomba, que acabou permitindo o gol adversário. Já contra o Sport, com Abel Braga no comando, Uendel optou por esperar o pique da bola – em um claro erro de leitura do lance – sendo desarmado e obrigado a cometer falta, acabando expulso. Na sequência, uma bola foi cruzada para área e passou rente ao travessão colorado. Em um dos momentos mais inexplicáveis da história do Internacional, Marcelo Lomba abandonou o lance, pedindo a saída pela linha de fundo. Como o árbitro nada marcou, e com o arqueiro fora da meta para reclamação, só coube ao atacante pernambucano empurrar para as redes. Já agora, contra o Táchira, nova desatenção da zaga. Edenilson e Lomba ficaram esperando o outro tomar uma atitude e foram desarmados, resultando em pênalti e virada para os adversários.

Curiosamente, nas três ocasiões citadas, houve um jogador em específico citado, Marcelo Lomba. Cobrar individualmente não é o melhor nunca, para não queimar um atleta, inclusive na vida pessoal, mas é preciso haver uma conversa interna. Não pode, em jogos de alto nível, haver tamanha indecisão e falta de concentração de um atleta experiente como ele – e Edenilson no último caso. O Internacional precisa, urgentemente, trabalhar o psicológico dos profissionais antes de confrontos teoricamente mais fáceis, senão “zebras” continuarão acontecendo, e a torcida se irritando ainda mais com o atual elenco. Se passaram três treinadores diferentes, e as derrotas foram pelos mesmos motivos, então o problema não é tático, é de atitude dos jogadores colorados.

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