Após empate com o lanterna do Brasileirão, a postura do treinador tricolor na coletiva de imprensa, embora frustrada, era também de convicção. Crespo lamentou o resultado em Santa Catarina, mas se mostrou contente com o desempenho do time, afirmando que o empate não foi merecido. Por duas vezes, o treinador discordou dos repórteres ao ser perguntado sobre o rendimento na partida de hoje, elogiando a postura de seu elenco.
“Para quem viu o jogo, ficou claro que este jogo deveria acabar com dois ou três gols de diferença, jogamos para ganhar por esse placar, não aconteceu. Não fechamos o placar, tiveram uma mínima chance e empataram. Isso é futebol, é doloroso, mas tenho o pensamento que o time voltou a jogar com linha de passes, chegou pelos lados, de maneira vertical, mas faltou fazer mais gols.”
“Não merecíamos empatar, merecíamos ganhar por dois ou três gols. Meu trabalho também é ver esse tipo de coisa, não só resultado, que infelizmente não nos ajuda, mas vi um São Paulo que queria jogar e ser protagonista, jogou no campo do adversário, mas empatou o jogo.”
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Se o rendimento do elenco foi defendido pelo treinador, Crespo ao menos reconheceu o problema da eficiência no ataque. O São Paulo teve 17 finalizações (sendo oito delas no gol), e o desperdício de grandes chances, como as de Rigoni e Calleri, fez o time não sair com o resultado fora de casa.
– Foi uma tarde ruim (no sentindo da eficiência), porque fizemos um gol talvez mais difícil, e aqueles que em teoria parecem mais fácil… Não podemos permitir que isso aconteça, mas aconteceu, é futebol. – afirmou o treinador. – Tivemos a bola, fomos protagonistas, tivemos muitas chances de gol para fechar o placar, e quando não se fecha o placar em futebol de altíssimo nível, pode-se pagar caro. Acredito que não foi justo, merecíamos ganhar.
Ainda, Crespo falou abertamente sobre a volta da torcida ao estádio, e sobre sua vontade de estar no São Paulo.
“Muito contente de voltar a ver os torcedores no Morumbi. Para mim será a primeira vez, em uma situação que precisamos do suporte dos torcedores, ter eles perto da gente.”
“Penso que é fundamental focar sempre no presente, mas também penso que vou ficar dez anos no São Paulo. Minha ideia é sempre pensar em um projeto, meu pensamento sempre foi assim, independentemente do que pode acontecer, mas penso no presente para chegar até dezembro com uma vaga na Libertadores, mas com a mentalidade de que vou estar aqui dez anos.”
