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Falência ou SA: os planos de Medioli para o Cruzeiro

Foto: Reprodução/ Facebook

Vivendo situação financeira delicadíssima, o Cruzeiro parte para o tudo ou nada a fim de poder se reerguer e conseguir enxergar uma luz no fim do túnel. Sobre a necessidade de reestruturação urgente, o empresário e ex-CEO do clube, Vittorio Medioli, concedeu uma entrevista à Rádio Itatiaia nesta quarta-feira (16) para falar a respeito do assunto.

Na conversa, Vittorio Medioli citou que o Cruzeiro pode seguir dois planos: falência ou se tornar clube-empresa. A primeira opção limparia todas as dívidas e refundaria o clube, começando do zero. Já a segunda, seria se tornar uma sociedade anônima (SA), que abre espaço para gerência de investidores na instituição e não teria interferência do conselho.

— O Cruzeiro tem 1 bilhão de dívida. Quem vai pagar essas dívidas? Falaram ‘vamos recapitalizar o Cruzeiro’, todo dinheiro que entra vai para pagar dívidas de anos anteriores. Diante dessas dívidas, tem duas hipóteses nítidas e claras que até então o conselho do Cruzeiro infelizmente, até então descartou, não quis conversar e engavetaram, porque isso eu já coloquei em janeiro do ano passado: um seria criar uma AS, migrar o futebol para dentro dessa SA e deixando no clube todas as dívidas, criando um fundo de credores pra esse bilhão se transformar num fundo para pagar os credores. (A outra opção) Se o Cruzeiro vai à falência, a dívida vai a zero e ele vai pra Série D. Ninguém quer isso, mas, ninguém quer viver 3, 4 anos nessa pitimba (…) Tem que tirar o poder de decisão dos sócios atuais do clube.

ATUAL SITUAÇÃO

O Cruzeiro, atual 19º colocado da Série B, vive uma crise ainda maior fora dos gramados. Com salários atrasados, o clube criou o “CruPIX”, que visa a arrecadação de dinheiro por meio de doações dos torcedores e tem como função destinar o valor arrecadado  para o pagamento de valores aos funcionários e jogadores, tendo em vista que a Raposa não tem fundos para quitar essa dívida.

Ainda, o clube celeste tem até o dia 28 de junho para pagar ao Defensor – URU, cerca de R$ 7 milhões pela contratação do meia Arrascaeta, hoje no Flamengo, em 2015. Caso não consiga efetuar o pagamento, o Cruzeiro sofrerá o chamado “transfer ban” e ficará impossibilitado de registrar novos jogadores.

Além disso, até o fim de 2021, a Raposa precisará quitar duas dívidas importantes: com os jogadores Riascos e Denilson. A do atacante colombiano Riascos deverá ser repassada ao Mozatlán, do México, pelo valor aproximado de R$ 5,8 milhões também em relação a sua contratação em 2015.

Sobre Denilson, a Fifa em 2020 retirou seis pontos do Cruzeiro no início da Série B pelo não pagamento da dívida ao Al-Whada, dos Emirados Árabes, pelo empréstimo do jogador ao Cruzeiro em 2016. O valor é de R$ 5,5 milhões. Até o fim de 2021, o clube terá de quitar essa dívida, se não a equipe celeste será rebaixada à Série C.

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